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Eleições nos Açores País

Açores são exemplo de como não resulta votar na direita para responder ao PS, diz Mortágua

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A coordenadora do BE disse hoje que os Açores são "um exemplo dos problemas" que resultam do voto na direita para responder ao PS, lamentando que o arquipélago tenha aprendido "muito rápido com o exemplo da direita na Madeira".

A uma semana das legislativas açorianas de 04 de fevereiro e a quase um mês das eleições nacionais, como fez questão de lembrar, Mariana Mortágua juntou-se ao coordenador regional, o candidato António Lima, num almoço com militantes em Ponta Delgada, onde pediu que todo o país veja o que aconteceu nas nove ilhas.

Em 2020, disse, "muita gente acreditou que a única forma de terminar o ciclo da maioria socialista" era votar na oposição de direita, acabando por surgir uma coligação entre PSD, CDS-PP e PPM, que se juntaram "para satisfazer as suas velhas clientelas", à custa de um "ataque aos mais desprotegidos".

"Os Açores são um exemplo dos problemas que surgem quando se vota na direita para responder ao Partido Socialista. Se o país não gostou de dois anos de maioria absoluta do PS, os Açores foram governados duas décadas por uma maioria absoluta do Partido Socialista, com todos os vícios, com a mesma arrogância e a mesma promiscuidade que a República testemunhou ao longo dos últimos dois anos", afirmou.

Lembrando que a taxa de risco de pobreza aumentou de 22% em 2020 para 26% e que os apoios nesta área desceram 40%, Mariana Mortágua sublinhou que a direita está a cumprir um objetivo "assumido e expressamente acordado" nos Açores, havendo hoje mais riqueza, mas menos distribuição na região.

"A direita pode não conseguir fazer mais nada, mas a pobreza eles sabem criar com mestria e com desembaraço", acrescentou.

A dirigente disse que o BE vai "colocar a direita no lugar" tanto nos Açores como na Madeira, onde "tudo indica que haverá eleições", na sequência da saída do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, acusado de corrupção num processo judicial.