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Liderar pelo exemplo

Sempre fui apologista de que os melhores líderes se fazem pelo exemplo e nunca pela força. O exemplo é gerador de respeito, obriga a ser consistente e a agir de acordo com princípios e valores que acabam por ser transmitidos aos outros, abrindo caminhos e construindo soluções. A força, pelo contrário, é associada a um processo em que se incute o medo, não se abre espaço à discussão e tudo acaba por se resumir numa atitude autoritária que em nada valoriza o todo, que apenas procura a sobrevivência do individual, que nada constrói e apenas destrói.

Não posso, por isso, aceitar aquilo a que temos assistido nos últimos dias em relação à nova liderança do PS-Madeira, com ataques e contestação ao Paulo Cafôfo, querendo impor objetivos e condições de fora para dentro, em particular quando se passaram apenas poucos dias desde o último congresso regional do partido, e onde essas vozes e opiniões não se fizeram ouvir. É claramente mais fácil criticar de forma gratuita nas redes sociais ou nas páginas dos jornais, do que dar a cara, olhos nos olhos, e ter a coragem de ir a debate, ou mesmo a eleições para medir o seu peso real e o nível de aceitação das suas ideias.

Infelizmente, nada disto é novidade. Infelizmente, continua a existir quem nada queira construir e apenas tente destruir aquilo que tem vindo a ser feito, num projeto coletivo e continuo de afirmação do PS-Madeira como alternativa de governo na Região Autónoma da Madeira.

No XXI Congresso Regional do PS-Madeira apelei à união e ao apoio em torno do novo presidente Paulo Cafôfo. Não escondo que o fiz, e faço, por saber bem as dificuldades que um líder enfrenta naquela posição. Porque também passei por um processo semelhante, sem adversário em eleições internas e com uma moção de estratégia global aprovada por unanimidade em congresso, sendo confrontado depois com contestação infundada por parte de quem se move por interesses individuais. Mas faço-o igualmente porque os madeirenses devem saber quem tem a determinação necessária e a coragem de dar a cara, de lutar pela mudança e querer efetivamente construir uma Madeira melhor. O Paulo Cafôfo é uma pessoa que reúne essas caraterísticas e que lidera pelo exemplo, que agrega à sua volta e que mobiliza, não só o partido, mas também a sociedade em prol dessa mudança. Já o fez no passado e tenho a certeza de que voltará a fazê-lo.

Num contexto difícil, assume com coragem a responsabilidade de ser cabeça de lista pela Madeira às próximas eleições legislativas nacionais, porque sabe da importância das mesmas para Portugal e para a nossa Região. O momento presente leva a que tudo seja posto em causa, até os valores de Abril, no ano em que celebramos os 50 anos de democracia. O Paulo Cafôfo, tal como muitos homens e mulheres que o acompanham, quer honrar estes valores e conquistas. Quer liberdade, igualdade e solidariedade. Quer uma Madeira e um Porto Santo que sejam uma terra de oportunidades. Quer, acima de tudo, construir futuro. Um futuro que, não pertencendo sempre aos mesmos, também não será construído por aqueles que não o desejam.

O PS-Madeira apresentou uma lista de candidatos com provas dadas, de reconhecida competência e experiência para defender a Região e os madeirenses na Assembleia da República. Não tenho dúvidas de que são os mais capazes e que merecerão a nossa confiança no dia 10 de Março.