A Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia escolheu a Escola Básica do 1.º Ciclo com Pré-escolar do Estreito de Câmara de Lobos para assinalar o início do ano lectivo 2023/2024.

Esta manhã, durante uma visita ao estabelecimento, o secretário regional Jorge Carvalho apontou que 17 mil alunos deste nível de ensino regressam hoje às aulas.

Na ocasião, e respondendo a uma reivindicação de alguns diretores de escolas, garantiu que os manuais digitais para os 5.º e 10.º anos de escolaridade serão entregues ainda esta semana.

O governante assegurou toda a normalidade neste arranque escolar e explicou que o quadro de professores é o suficiente para responder às carências expressas pelos vários níveis de ensino. Havendo, obviamente, disciplinas nas quais foi preciso recorrer a docentes não profissionalizados.

A falta de professores na Madeira, em alguns grupos disciplinares, foi assumida ao DIÁRIO pelos dois principais sindicatos desta classe profissional na Região como uma preocupação neste início de ano lectivo.

Tanto o Sindicato dos Professores da Madeira, como o Sindicato Democrático (SPM) dos Professores da Madeira (SDPM) reconhecem que o problema poderá não ser tão grave no arranque das actividades lectivas, mas o facto de as listas de contratação já terem sido ‘esgotadas’ em Geografia, Informática, Filosofia, História ou Português, obrigando, inclusive, à abertura de ofertas públicas de emprego para suprir carências antes das aulas começarem, poderá indiciar cenários mais gravosos à medida que o ano lectivo avança e a alguns profissionais possam vir a ficar impossibilitados de trabalhar, por exemplo, devido a problemas de saúde (baixas médicas) ou licenças legalmente possíveis (licenças de parentalidade, por exemplo).

Ao nível nacional, o ministro da Educação, João Costa, alertou, em mais um arranque lectivo, que Portugal vai precisar de mais de 30.000 professores até 2030, frisando que a docência é uma "profissão com futuro".