Artigos

A única resposta

Na ressaca da silly season de agosto e já em velocidade cruzeiro para as eleições regionais que se realizam a 24 deste mês, há uma conclusão relativamente fácil a alcançar: a coligação Somos Madeira é a única candidatura com um projeto claro para o próximo ciclo governativo.

Afirmo-o não pelas posições assumidas ao longo dos últimos quatro anos, muitas vezes reafirmadas neste espaço de opinião, mas sobretudo por aquilo que continua a ser uma visão clara para a Madeira: mais oportunidades, melhor emprego e uma resposta social que capacite as pessoas, mas que não as faça depender da política da esmola ou do cabaz, como alguns tão bem sabem fazer.

Não há melhor resultado de uma política de futuro que a criação de emprego, uma redução do número de beneficiários do RSI e uma percentagem crescente de jovens que terminam o Ensino Secundário e ingressam no Ensino Superior, seja na Madeira ou fora dela.

Para os mais jovens, o projeto da nossa coligação continua a ser um projeto de futuro: focado naquilo que se pode fazer e conquistar, não perdendo tempo com a mesquinhez e a conversa de café. Propomo-nos lutar pela majoração das bolsas de estudo e a apoiar o custo médio de alojamento do estudante deslocado, continuar a defender o Estatuto do Estudante Deslocado Insular e sufragar a sua prioridade no acesso às residências universitárias, prosseguir na luta por viagens aéreas a preços justos e acessíveis. Cientes dos desafios do mercado global, entendemos que para a formação dos jovens é fundamental criar sinergias entre a “escola” e as empresas, dotando-os de experiências formativas que os aproximem ao tecido empresarial, criando melhores oportunidades de emprego e fixação na Região. Isto sem esquecer o compromisso reiteradamente assumido da Habitação e de uma atenção redobrada à evolução do Emprego. Uma governação atenta à realidade do mundo, pragmática, em que o foco está na melhoria das condições de vida e da criação de riqueza.

Seguramente, muito mais haveria a dizer. Todavia, importa trazer o contraponto de tudo isto. E, com franqueza, não se viu ninguém com esta clareza de pensamento. Ou, talvez, com um pensamento estruturado sequer. Nem sobre os jovens, nem sobre coisa nenhuma. É difícil acreditar que a Madeira ficará melhor com quem diz tudo ser possível: baixar impostos ao mínimo e aumentar apoios sociais, criticar a “política do Betão”, mas passar a vida a pedir obras, pregar a defesa da autonomia, mas à mínima oportunidade sugerir soluções que subjugam os interesses da Madeira aos interesses partidários dos camaradas do continente. Para alguns isto até pode ser estratégia, mas para qualquer pessoa isto chama-se desvario.

E, por tudo isto, a resposta fica mais simples: mais do que a opção mais racional, talvez sejamos a única resposta aos anseios dos madeirenses. Estruturada e credível, a nossa ação é norteada não só pelo que somos, mas sobretudo pela Madeira que queremos ser, construir e continuar a mudar. Não tenham dúvidas, Somos Madeira!