Regionais 2023 Madeira

ADN defende que a subida de juros "afecta a classe média na Madeira"

None
Foto Miguel Espada/ASPRESS

O ADN Madeira garantiu, esta tarde, que acompanha as declarações do presidente do partido, Bruno Fialho, sobre "a falta de coragem e a submissão" do Governo de Portugal e do Presidente da República aos interesses que imperam na União Europeia e no Banco Central Europeu, acrescentando que o Governo Regional tem de demonstrar que é "verdadeiramente autónomo e lutar pelos madeirenses e porto-santenses, visto que não podermos contar com um Governo Socialista na Assembleia da República".

"Juros acabam com a classe média", sublinha ADN

O Partido ADN vem, através de comunicado, lamentar "a submissão" do Governo de Portugal e do Presidente da República aos interesses que imperam na União Europeia e no Banco Central Europeu, que segundo dizem "é comandado por uma extremista que abomina países do Sul da Europa, que em vez de estar preocupada em proteger os interesses da Europa e dos cidadãos europeus, continua somente a tentar agradar ao seu “dono”, os Estados Unidos da América".

Tal como foi referido hoje de manhã pelo presidente do partido, o ADN Madeira também considera que as subidas das taxas de juro são criminosas e consequência de uma política monetária ilusionista a favor dos interesses dos EUA e de uma agenda globalista, feita ao abrigo de um suposto combate à inflação. No mesmo sentido, apoiamos a proposta que hoje foi apontada pelo nosso presidente, Bruno Fialho, pelo que, consideramos que o Governo Regional devia defender em todas as instâncias nacionais e europeias que a União Europeia devia negociar com a OPEP para que a venda do “ouro negro” não fosse realizada apenas em dólares, mas também em euros, o que iria valorizar a moeda europeia e, com isso, teríamos uma preciosa ajuda para travar a subida da inflação e a consequente necessidade do aumento das taxas de juro do BCE Miguel Pita, cabeça de lista do partido ADN

O partido considera que esta medida iria contrariar a subida do dólar em relação ao euro e as consequências negativas para a inflação, que se reflecte no preço dos bens e serviços essenciais, nomeadamente no valor que pagamos pela energia. "Mas, o  BCE e a UE preferem criar a “tempestade perfeita” para toda a classe média europeia e, em particular, para a portuguesa, que tem rendimentos bastante inferiores, relativamente à média europeia", sublinha.

Nesse sentido, o ADN Madeira subscreve as palavras do seu presidente, quando este denuncia que o objectivo final das subidas das taxas de juro é, sem sombra para dúvidas, "colocar toda a população mundial, principalmente a classe média, dependente do Estado e a receber um rendimento “mínimo de sobrevivência” desde que cumprindo, todas as “regras” que forem sendo estabelecidas e que serão as contrapartidas desta concessão de pensão universal".

Na Madeira a subida de juros sente-se mais do que no continente, o que vem demonstrar que estamos no início do fim da propriedade privada tal como a conhecíamos, porque, sem possibilidades de pagar as prestações dos créditos à habitação, que ficam cada vez mais caras, não restará outra alternativa, a uma esmagadora maioria de portugueses, senão entregar as casas à Banca, como já aconteceu no passado e em grande escala, ou ao Governo Socialista, que continua fixado no paupérrimo programa 'Mais Habitação' Miguel Pita, cabeça de lista do ADN

Para além disso, o ADN Madeira  deixa claro que não esquece que foi o executivo de António Costa que redireccionou para a banca o equivalente a 10% no nosso PIB. "Agora são os portugueses a precisar de ajuda, nada é feito, talvez porque, infelizmente, passou a ser normal ver governantes a passar da política para a banca ou para empresas privadas que têm grandes interesses na banca", sublinha.

"Foi assim artificial, porque provocada e deliberada, a inflação em que vivemos e nada é feito para contrariar essa situação, pelo que, consideramos que esta posição do BCE e da UE tem o único propósito de nada termos e sermos felizes…desde que muito obedientes, principalmente a classe média que é sempre aquela que tem alguma força para poder contrariar os Donos Disto Tudo", concluiu a Alternativa Democrática Nacional.