Era um projecto para o Funchal que deveria estar concluído em 2003. No entanto, na edição de 14 de Setembro desse mesmo ano, o DIÁRIO dava conta de que o concurso público para a construção da denominada ‘Cidade da Criança’ estava atrasado e, dificilmente, ficaria adjudicado nesse ano.

Mas que projecto era este? Tratava-se de um investimento camarário na casa dos 2,5 milhões de euros, transformados num parque temático destinado aos mais novos. Deveria ter área de serviços e acessos livres, com uma zona verde. O acesso seria feito através da rua da Ponta da Cruz, através da promenade marítima.

Os dois primeiros concursos foram anulados, uma vez que as empresas concorrentes não reuniam as condições necessárias para cumprir a obra. O novo prazo era assim 2003, mas ficaria novamente adiado, uma vez que as propostas seriam apresentadas até Novembro, pelo que a obra numa ficaria concluída nesse mesmo ano.

“Não se trata propriamente de um atraso, mas das circunstâncias em que está a decorrer o processo. Até porque este é um concurso que envolve investimentos muito elevados e há uma série de regras que a empresa interessada tem de cumprir. Como não o fez, isso implicou, em termos jurídicos, a sua anulação”, explicava José Perneta, do Departamento Municipal de Obras Públicas.

Nome do aeroporto fazia correr tinta

Com as obras de ampliação da pista a correrem em bom ritmo, em 1999, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz entrava em desacordo com o Governo Regional em relação ao nome. Savino Correia defendia que devia chamar-se Aeroporto de Santa Cruz, pela sua localização geográfica.

A mesma opinião não era partilhada pelo executivo regional, que o queria baptizar de Aeroporto da Madeira.  A verdade é que a decisão do Governo Regional viria a prevalecer e, só mais tarde, passaria a chamar-se Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo.