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De que têm medo?

O que é que nos faz decidir o voto nas próximas eleições regionais? O que é que move os madeirenses? O que é que queremos para a Madeira?

Vemos na administração pública regional que para chegar a um lugar de chefia é preciso ter o cartãozinho de militante e ir empunhar uma bandeira. Para ter um emprego obriga-se a garantir o voto da família, e mais tudo o que se possa. Para qualquer apoio, a mesma coisa. Há pessoas que por necessidade se vergam por cabazes. É o resultado de quase 50 anos de um regime que está caducado. Não tem nada de novo para dar.

Terei algumas certezas. A maioria dos madeirenses não quer a estagnação da nossa terra. A maioria dos madeirenses não quer ver os jovens a emigrarem. A maioria dos madeirenses não quer que a sua terra seja a mais pobre do País. A maioria dos madeirenses não quer o aumento das desigualdades. A maioria dos madeirenses não quer mais compadrio e ser mandado por interesses ocultos.

Criou-se ao longo dos anos um espírito e cultura negativa na Madeira. Somos bons e fazemos tudo certo, os outros (os de fora…) fazem tudo errado, não acertam uma. Somos o cantinho do céu. Levou-se ao absurdo um regionalismo que com o PSD se tornou um mantra mofento, usado apenas para manter tudo incólume, o regime inalterado, os interesses de alguns intocados. Aproveitou-se durante demasiados anos do analfabetismo e das baixas qualificações da maioria da população. Instrumentalizou-se órgãos de comunicação social para fazer autênticas lavagens ao cérebro, diárias e constantes. Cortou-se com o espírito crítico, com a capacidade de filtrar, de escrutinar, de discernir o que está certo ou errado na governação, o que é legítimo do imoral, do que é legal do criminoso.

Houve uma estratégia de manutenção de um poder que manietou e alterou completamente a forma de viver na nossa terra. Como é possível haver pessoas com medo de caciques de um partido? Como é possível haver pessoas que não conseguem dizer aquilo que pensam na rua, com medo de ser prejudicadas sabe-se lá porquê e sobre o quê. Instalou-se um sistema que tenta manipular as pessoas, que abusa das dependências financeiras das pessoas, que desinforma, que usa e instrumentaliza as instituições públicas para servir o partido, e não o povo.

Se estes não são motivos suficientes para mudar após 48 anos, nada mais há para justificar.

Eu acredito que é possível fazer melhor. É necessário renovar, requalificar, reerguer. Isso só é possível com uma mudança governativa, e a única força política que o pode fazer com competência, seriedade e criatividade é o PS Madeira.

As prioridades do PS são claras. O programa eleitoral que foi apresentado publicamente afirma muito claramente o que queremos para a Madeira.

A erradicação da pobreza e da exclusão social, com maior e melhor distribuição da riqueza. Igualdade de oportunidades. Promover e empoderar os jovens e a população ativa. Proteger e valorizar os idosos.

Ter uma economia competitiva e produtiva, justa e solidária. Um território sustentável, uma preocupação com o ambiente e com os nossos recursos.

Melhores empregos e melhores salários. Uma saúde a que todos possam ter acesso, sem exceção. Resolver os problemas de habitação na região.

Os madeirenses têm toda a informação para decidir o seu voto.

De que têm medo? Não tenham.