Juntos (q.b.) pelo Povo

A mais recente novidade do Juntos Pelo Povo (JPP) – sim, porque tudo o resto, a começar pelo lema e assuntos de campanha, é uma repetição de anos anteriores – remete-nos para um arrufe de contornos político-familiares, ainda longe de uma novela mexicana, mas já faltou mais…

Depois do principal fundador do Juntos Pelo Povo, que doravante será “Juntos – q.b. (quanto baste) – Pelo Povo, ter anunciado, em exclusivo no Diário de Notícias, que estava de saída da liderança, surge um comunicado do Secretariado Nacional do partido a explicar tudo e, afinal, sem se perceber nada.

Confesso que o que mais me intrigou foi um documento com esta importância, visando o presidente do partido, nem sequer merecer uma assinaturazinha, uma coisa pequenina… nem que fosse um “macaquinho” com uma daquelas esferográficas clássicas, tipo: “laranja para escrita fina”, ou “cristal, para uma escrita normal”.

Ora, sem assinatura – mesmo que fosse ilegível – e remetendo o conteúdo para o secretariado nacional, soaram os alarmes. Por momentos, muitos até pensaram que era “Lisboa” a mexer os cordelinhos, agora na estrutura do Juntos (Quanto Baste) Pelo Povo. Mas, depois, “caiu a ficha” e ficou-se a saber que afinal o líder é da Madeira e até é irmão do visado.

Depois de mais alguns episódios nas redes sociais, até com desenhos e tudo, parece que o quinto lugar ninguém vai tirar ao mano fundador e, porventura, o principal responsável pelos resultados eleitorais, não apenas em Gaula, mas também em Santa Cruz e na Região.

Tirando esta novidade, tudo continua exactamente na mesma, com a agravante de que muitos estão ou vão agora de férias. O Governo continua a governar. A oposição continua a tentar “tirar coelhos da cartola”, cada vez menos credíveis, porque também não apresentam alternativas melhores do que as soluções que estão implementadas ou que estão previstas para implementar.

Jorge Carvalho