Jornada Mundial da Juventude País

Jornalistas queixam-se de falta de condições para trabalhar no Parque Tejo

Foto Leonel de Castro/Global Imagens
Foto Leonel de Castro/Global Imagens

Profissionais da comunicação social queixaram-se hoje dos poucos lugares e do calor que se faz sentir no centro de imprensa do Parque Tejo, onde decorrerá a vigília da Jornada Mundial da Juventude com a presença do Papa.

Questionada pela Lusa, fonte da organização explicou que o centro de imprensa do Parque Tejo é secundário e que o principal, no Parque Eduardo VII, continua disponível para receber jornalistas. No entanto, a jornalista portuguesa do jornal digital 7Margens Clara Raimundo disse que os jornalistas "não ganham nada" em estar no centro de imprensa do Parque Tejo, porque "não se apercebem daquilo que se passa" no Parque Tejo, que é onde decorrem as principais cerimónias da JMJ hoje e domingo.

Para a jornalista, parece ter havido um "problema com as estimativas dos lugares necessários". "O mais complicado é que não cabemos todos e ainda há pessoas que estão para chegar. Temos colegas, por exemplo, grávidas. Obviamente, não podem estar aqui. Deve haver um problema com a climatização. Não sei se há ou não", afirmou, em declarações à Lusa. "Acho estranho ter falhado aqui e não ter falhado no Parque Eduardo VII. (...) Toda a gente sabe que este é o auge da JMJ. É aqui que se concentram todos os peregrinos e dos todos os jornalistas, portanto, deveria ter havido um investimento maior aqui", salientou. A jornalista alertou ainda para a falta de casas de banho e para a pouca variedade de comida.

Também a repórter venezuelana do jornal El Tigrense Miriam Oñez considerou que as "casas de banho estão muito longe", e que o calor dentro da tenda onde está instalado o centro de imprensa e os poucos postos de trabalho dificultam as tarefas dos jornalistas. "Complica-se o trabalho para escrever, editar fotografias, porque estamos todos em grupo. Há jornalistas lá fora à espera para poderem trabalhar e há poucos lugares", realçou. Miriam Oñez lamentou que a organização não tivesse pensado que "vinham tantos jornalistas do mundo a Portugal para cobrir tudo o que o Papa tem feito, tudo o que os jovens fazem". "Deveria ter sido parecido com o do Parque Eduardo VII, com mais água. Aqui não há água, as casas de banho estão longe, o café é pouco e a comida é pouco acessível", reforçou.

O repórter de imagem dominicano Nelson Suarez, do La Voz de Maria, também se queixou, dizendo que "se sente muito calor e o espaço não ajuda para trabalhar". "Devíamos ter um espaço mais amplo. Aqui sentimo-nos limitados ao espaço e o calor sufoca-nos um bocado", sublinhou.