Há dias, sentada numa esplanada no centro do Funchal, ouvi uma conversa de um casal de continentais que estava na mesa ao lado, nomeadamente quando a mulher disse ao marido que em Portugal não há nada disto, em forma de elogio à nossa realidade.

Com a lata típica de uma madeirense de gema, meti-me na conversa e, de forma educada, disse ao casal, já na casa dos seus 60 anos, que Madeira faz parte de Portugal e que era mais correto dizer que no continente não é nada disto. Estava dado o mote para uma conversa que se tornou muito agradável e que resultou numa amizade inesperada, pelo simples facto do casal em causa, que visitava a Madeira pela primeira vez, estar rendido à qualidade de vida, limpeza e beleza da nossa Ilha.

Natural de Bragança, o casal, sem nunca se deter em elogios, disse-me que a estabilidade política e a governação social-democrata foram de certeza importantes para o progresso da Madeira. Marido e mulher, sem rodeios, afirmaram também que a Região era um exemplo para o país e, do nada, transmitiram-me para que os madeirenses não deixassem que o socialismo tomasse conta do poder, por sentirem diariamente o tem representado para o País.

Não entrei em pormenores, apenas sorri e vinquei que, por mim, o Partido Socialista jamais formará governo na minha terra, pois todos os dias assistimos à destruição de Portugal num todo.

E assim, de forma inesperada e muito agradável, brindámos à Madeira. Com uma poncha, como é óbvio.

Maria Jesus