Regionais 2023 Madeira

Chega diz que Governo é "negligente na gestão do sector primário"

Referem que há "falhas na gestão da banana e das pescas"

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O partido Chega-Madeira critica o Governo Regional por ter uma política "negligente na gestão" do sector primários, nomeadamente com falhas nos sectores da banana e das pescas.

Em nota de imprensa, a candidatura às eleições regionais de hoje a um mês, referem que "apesar do seu contributo modesto para o produto interno bruto regional, o sector primário, em especial a produção agrícola e a actividade piscatória, desempenha um papel fundamental na estrutura social madeirense e portosantense, não só pelos activos que emprega, assegurando, assim, a subsistência ou um apoio financeiro extraordinário importante para muitas famílias, mas também pelo contributo que faz a outras indústrias, entre as quais a restauração e o turismo", entendem que "este sector deveria ser alvo de uma gestão consciente, criteriosa competente e vocacionada para a real melhoria das condições de trabalho, dos rendimentos e da qualidade de vida daqueles que se dedicam à agricultura e às pescas. No entanto, não tem sido essa a postura do governo do PSD, que tem preferido investir nas festas e na retórica, em vez de governar em prol de quem trabalha a terra e navega o mar".   

Para Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira e cabeça-de-lista do partido às legislativas de 24 de Setembro, "esta situação tem de ser denunciada e condenada, dando como exemplos da inépcia do governo o que está a acontecer na GESBA e na gestão das pescas", apontando o facto de "a gestão que a GESBA tem feito do sector da banana e a gestão que o Governo Regional, através da respectiva Secretaria, tem feito dos assuntos que dizem respeito aos pescadores são exemplos gritantes da leviandade e da incompetência com que o PSD olha para o sector primário e para as pessoas que lá ganham as suas vidas", referindo ainda que "já sabíamos que o PSD apenas se interessa pelas grandes construtoras, por determinados empresários e por certos grupos hoteleiros, mas chegou ao ponto em que já nem disfarça. Aliás, os agricultores só servem para lhes dar palco para discursos nas festas populares e os pescadores só servem para que possam aparecer em acções simbólicas, nas quais o governo se auto-elogia", critica.

Continuando a linha de pensamento, Miguel Castro aponta "erros específicos que o governo tem cometido ao longo dos últimos anos", exemplificando: "O governo não consegue explicar, de forma coerente e simples, os preços vergonhosamente baixos que são pagos aos produtores de banana, nem, tão pouco, a confusa engenharia contabilística que a GESBA usa sempre que tem de vir a público explicar a penosa situação financeira em que está, apesar dos muitos milhões que recebe todos os anos em ajudas europeias. Da mesma forma, ainda está por explicar o que é que aconteceu à quota de pesca, cuja redução teve a inaceitável consequência dos nossos pescadores só conseguirem trabalhar três ou quatro meses por ano. É assim que se tratam as pessoas? É desta forma que se dignifica o sector primário?"

Conclui o candidato, apelando "ao Governo Regional que mude a sua abordagem às questões da agricultura e das pescas, prometendo fazer diferente e melhor, caso o Chega seja eleito para o parlamento regional". E atira: "É essencial que o PSD perceba que existe agricultura além das festas de verão e da Feira do Gado, da mesma maneira que existe pesca além da festas da Piedade e do Peixe Espada Preto. O sector primário e as pessoas que lá trabalham exigem seriedade e respostas, e não propaganda política e políticos que se pavoneiam de festa em festa. Caso mereçamos o voto da população, o Chega irá fazer melhor e dar aos agricultores e aos pescadores a atenção que merecem."