A coordenadora da candidatura das levadas da Madeira a património mundial cultural, Susana Fontinha, está expectante, pois espera que com este projecto a Região ganhe “reconhecimento e cada vez mais a valorização de um trabalho árduo que tem sido a construção das levadas, a sua gestão e manutenção no dia a dia”, reforçou, salientando que é graças a este trabalho que muitos dos madeirenses têm água em casa no seu dia a dia.

Adiantou que muito em breve, sendo ainda durante o mês de Julho, virão à Região peritos do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), de forma a elaborarem uma análise das levadas candidatas a património cultural.

As Levadas da Madeira totalizam 25,20 hectares e constituem oito sítios que incluem oito levadas principais para a candidatura à Lista do Património Mundial da UNESCO, sendo que são essas mesmas levadas que garantem a sobrevivência da população da Ilha da Madeira, representando as 103 levadas principais da Região.

A água que é transportada por estas levadas destina-se ao consumo humano, à rega de terrenos agrícolas e demais regadio, à acção de moinhos tradicionais, à produção de energia eléctrica e à fruição da natureza, através do pedestrianismo.

Os promotores deste projecto são o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, Águas e Resíduos da Madeira, Direcção Regional da Cultura e a Empresa da Eletricidade da Madeira.

Susana Fontinha afirmou que “o Governo Regional da Madeira já está a trabalhar há alguns anos na candidatura das levadas da Madeira a património da humanidade na categoria de paisagem cultural em que a sua pré-candidatura foi iniciada em 1995, mas em 2017 foi entregue a versão final da candidatura das levadas à comissão nacional da UNESCO, que analisou e considerou a candidatura de Portugal à lista do património mundial em 2023”, explicou.