Comunidades Mundo

Embaixador português na Venezuela e governador opositor debatem relações bilaterais

None
Foto Embaixada de Portugal em Caracas

O embaixador de Portugal na Venezuela, João Pedro Fins do Lago, reuniu-se com o governador venezuelano do estado de Zúlia (oeste do país), o opositor Manuel Rosales, com quem conversou sobre a importância das relações bilaterais.

O encontro entre ambos, segundo a imprensa local, teve lugar na cidade de Maracaibo, na residência oficial do governador (700 quilómetros a oeste de Caracas), com o político venezuelano a agradecer, nas redes sociais, a visita do diplomata português.

"Agradecido pela visita do excelentíssimo embaixador de Portugal, Sr. João Fins do Lago e outros diplomatas à Residência Oficial do Estado de Zúlia", escreveu Rosa na sua conta de Twitter.

Na mesma mensagem Manuel Rosales explica que conversaram "sobre a importância de manter relações de respeito e solidariedade para a busca do desenvolvimento da nossa região".

A mensagem é companhada por um vídeo da visita, onde é possível ver sete pessoas sentadas a conversar, entre elas o embaixador João Pedro Fins do Lago e o governador venezuelano.

Manuel Rosales é um político venezuelano, do partido opositor Um Novo Tempo. Dirige, desde dezembro de 2021, o estado venezuelano de Zúlia. Presidiu à câmara municipal de Maracaibo (cidade capital do estado de Zúlia) entre os anos 2000 e 2008.

Foi o principal competidor do falecido Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013) nas presidenciais de 2006, em que o líder socialista foi reeleito para um novo mandato.

Em outubro de 2008 foi acusado publicamente de corrupção e de conspiração, por Hugo Chávez e dois meses depois, de Enriquecimento Ilícito, pelo Ministério Público venezuelano.

Alguns meses depois, Manuel Rosales, refugiou-se no Peru, país onde pediu asilo político, que lhe foi concedido em finais de abril de 2009.

Em 15 de outubro de 2015, Manuel Rosales, regressou à Venezuela, tendo sido detido por funcionários do Sebin (serviços de informação).

Foi libertado em 31 de dezembro de 2016, no âmbito de negociações entre o Governo do Presidente Nicolás Maduro e a oposição venezuelana.

Em 30 de outubro de 2017, as autoridades venezuelanas levantaram uma "inabilitação" (desqualificação ou impedimento legal) que o impedia de exercer cargos políticos no país.