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Burkina Faso oferece recompensa para informações sobre terroristas

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Os serviços de segurança do Burkina Faso, assolado por uma violência fundamentalista recorrente, publicaram hoje uma lista de 20 "terroristas ativamente procurados", oferecendo recompensas que variam entre 150.000 e 275.000 euros pela sua detenção ou "neutralização".

Os indivíduos, cujos retratos foram publicados nos meios de comunicação locais, são "ativamente procurados por participação ou cumplicidade na planificação ou execução de atos terroristas".

"Se fornecer informações que possam levar à detenção ou neutralização de um destes indivíduos, receberá o montante indicado na fotografia da pessoa em causa", afirma uma mensagem do Ministério da Segurança, publicada juntamente com os retratos.

No topo da lista estão Sidibé Dramane, conhecido por 'Hamza', e Diallo Moussa, conhecido por 'Abou Ganiou', de 45 e 40 anos, respetivamente. As autoridades burquinabês estão a oferecer 180 milhões de francos CFA (cerca de 275.000 euros) pela captura de cada um deles.

'Hamza' é um colaborador próximo de Amadou Koufa, do Mali, um dos principais dirigentes do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (Jnim, em árabe), a principal coligação afiliada à Al-Qaida no Sahel.

A lista inclui igualmente os chefes das 'katiba' (unidades de combate fundamentalistas islâmicas), nomeadamente Dicko Hamadoun, conhecido por 'Suu-ka Maldê', e Bolly Oumarou, conhecido por 'Oumi', cujas cabeças estão a ser oferecidas a um preço de 175 milhões de FCFA (265.00 euros) cada.

As pessoas procuradas são todas burquinabês, a maioria nascida na região norte, com exceção de Sita Housseini, também conhecida por 'Lookmann', uma nigeriana de 33 anos.

Desde 2015, o Burkina Faso tem sido apanhado numa espiral de violência jihadista que começou no Mali e no Níger alguns anos antes e se espalhou para além das suas fronteiras.

Nos últimos sete anos, a violência matou mais de 10.000 civis e soldados, segundo as organizações não-governamentais, e deslocou mais de dois milhões de pessoas.

De acordo com o governo, o exército controla 65% do território nacional.

Desde setembro último, o Burkina Faso é governado por uma junta militar dirigida pelo capitão Ibrahim Traoré, que chegou ao poder na sequência de um golpe de Estado, o segundo em oito meses.