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200

É um número extraordinário o que Cristiano Ronaldo alcançou no encontro contra a Islândia, no grupo de apuramento para o Campeonato da Europa de 2024. Os 200 jogos pela selecção do futebolista madeirense constituem mais um recorde mundial de uma longa lista que ostenta com orgulho justificado. Mas não foi batido nesse dia, mas quando fez o desafio 198, em março, contra o Liechtenstein, para a mesma competição.

Isto acontece aos 38 anos. A competir ao mais alto nível, dando o exemplo aos que, por futilidades avulsas, renegam a participação na equipa de todos nós, recusando representar o país. Assumindo que não abdica de alinhar por Portugal enquanto lhe for possível e a sua forma permitir, numa clara manifestação pública que o demarca dos que anunciaram não voltar a vestir a camisola nacional.

Para além da façanha notável em número de partidas importa também registar que Ronaldo é, a nível internacional, o melhor marcador de selecções e, agora, aumentou o pecúlio perfazendo uns fantásticos 123 golos.

Das exibições colectivas é cedo para falar. Para já não satisfizeram. Fiquemos pelos bons resultados e agradados com os feitos de Cristiano. Que está aí e vai, com certeza, tentar ajudar a levar longe o nome de Portugal neste Europeu. Mas vamos ter de jogar melhor.

Se tal não lhe for possível, por imponderáveis que sejam impeditivos, pode bem continuar no projecto exercendo outras funções. Caso assim não suceda, ou não queira, sairá sempre pela porta grande. Atendendo ao tanto que jogou e marcou, honrando a camisola e prestigiando o país que, com toda a dignidade, representou. Mas palpito que não vai ser para já. O homem está com vontade, e quando assim acontece, fica difícil pará-lo.