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Coroação marca início de um novo ciclo histórico, diz Marcelo

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O Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou hoje o "momento de alegria" que foi a coroação do Rei Carlos III e da rainha Camila, à qual assistiu em Londres, que considerou o início de "um novo ciclo histórico". 

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, o Presidente saudou "o nosso mais antigo aliado, o Reino Unido, por este momento que é um momento de alegria com a coroação do Rei primeiro e depois da rainha".

"É um novo ciclo histórico que se abre", vincou, recordando que esteve em setembro na capital britânica "numa altura muito triste", para o funeral da Rainha Isabel II.

"O contraste foi evidente", sublinhou, recordando "o peso de uma rainha que tinha marcado uma época da vida, não apenas do Reino Unido, mas também da Europa e do mundo".

Além da cerimónia da coroação, esta manhã na Abadia de Westminster, Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente numa recepção para chefes de Estado e de Governo no Palácio de Buckingham, na sexta-feira à noite. 

Ali, disse ter sido "visível da parte da família real o carinho que tem por Portugal", em particular o Rei, "obviamente muito atento a que este ano se celebram os 650 anos da nossa aliança, a mais antiga da Europa, e das mais antigas do mundo".

O chefe de Estado disse ter aproveitado aquele encontro com os dignitários convidados por Carlos III para alguns encontros bilaterais e multilaterais com homólogos, como foi o caso do brasileiro Lula da Silva e do angolano João Lourenço. 

"Falámos da Cimeira da CPLP que se vai realizar no próximo mês de Agosto", na última semana, evento que vai assinalar o fim de uma presidencia e o começo de outra presidência da Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa.

O Rei Carlos III foi hoje coroado na Abadia de Westminster, juntamente com a Rainha Consorte, Camila, numa cerimónia religiosa com cerca de 2.000 convidados que durou duas horas. 

O ritual incluiu a unção com um azeite consagrado e a entrega ao soberano de várias peças das joias da coroa que simbolizam a transmissão de poderes. 

Além de chefe de Estado do Reino Unido e de outros 14 países da Commonwealth, o soberano é Comandante Supremo das Forças Armadas, "Defensor da Fé" enquanto líder da Igreja Anglicana e "Fonte da Justiça" britânica. 

Após a cerimónia, o Rei e a Rainha seguiram em cortejo até ao Palácio de Buckingham numa carruagem puxada a cavalos e acompanhados por cerca de 6.000 soldados. 

As celebrações fecharam com a aparição na varanda do Palácio juntamente com outros membros da família real para acenar às multidões e assistir ao sobrevoo de aviões militares.