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Bulgária reconhece genocídio ucraniano nos anos 30 pelo regime de Estaline

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O Parlamento da Bulgária, país profundamente dividido sobre o relacionamento com a Rússia, declarou hoje o "Holodomor" como o extermínio e genocídio ucraniano de milhões de pessoas durante a década de 1930, pelo regime soviético de Joseph Estaline.

Um total de 134 deputados, em 240, votaram a favor da resolução, enquanto 25 votaram contra, todos pertencentes à formação ultranacionalista e pró-Rússia Vazrazhdane.

Os restantes deputados abstiveram-se, incluindo os do Partido Socialista búlgaro, herdeiro do partido comunista e com laços históricos com Moscovo.

A proposta partiu dos partidos Bulgária Democrática e o conservador GERB, ambos com posições alinhadas com o Ocidente e abertamente contra a invasão russa da Ucrânia.

Estes dois partidos pró-Ocidente também apoiaram a proposta de fornecer ajuda militar à Ucrânia, aprovada pelo Parlamento em dezembro.

Uns sete milhões de ucranianos terão morrido depois de serem desapossados das suas terras pelo regime soviético de Joseph Estaline no chamado "Holodomor" (1932-1933).

A resolução aprovada pelo Parlamento búlgaro prevê que o última sábado de novembro passe a ser declarado Dia de Homenagem e Memória às vítimas do "Holodomor".

Em 15 de dezembro, o Parlamento Europeu também declarou o "Holodomor" como genocídio.

Vários parlamentos de países europeus reconheceram o "Holodomor" como genocídio, incluindo os países bálticos, a Polónia, a República Checa e Portugal.

Alguns outros países, como a Argentina, Chile e Espanha, condenaram-no como "um ato de extermínio".