“Precisamos de um tecido empresarial apto a integrar a qualificação”
Isabel Capeloa, Reitora da Universidade Católica Portuguesa na conferência ‘O Mundo em 2024’
Confrontada sobre o que fazer para reter talento em Portugal, Isabel Capeloa, Reitora da Universidade Católica Portuguesa apontou três ordens de razão: crescimento demográfico, qualificações e impacto do fluxo migratório.
Num olhar à realidade, a também presidente da Federação Internacional das Universidades Católicas recorda que “Portugal teve uma das taxas de fertilidade mais baixas da Europa” embora apresente “crescimento demográfico negativo, e crescimento de população positivo”. Esta última “compensação” resulte do crescente incremento de imigrantes no país, ao dar nota que “o saldo migratório em Portugal desde 2016 é positivo”.
Segundo a Reitora da Universidade Católica assiste-se a “uma onda de imigração qualificada” nas universidades portuguesas. Na opinião de Isabel Capeloa, Portugal enfrenta uma “revolução silenciosa, a revolução das qualificações” para concluir que não vê que seja uma “tragédia” que os qualificados em Portugal procurem uma experiência ou oportunidades fora do país. “O problema é o saldo”, numa alusão à menor entrada no país de mão-de-obra qualificada.
A solução que preconiza assenta na necessidade de haver mais emprego qualificado. “Precisamos de um tecido empresarial apto a integrar a qualificação”, concretizou.