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Opositor russo Navalny foi transferido para outra prisão ainda desconhecida

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Foto AFP

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, a cumprir pena na prisão número 6 da região de Vladimir, desde junho de 2022, foi transferido para outra prisão, cuja localização ainda é desconhecida, segundo colaboradores.

"O seu advogado acaba de ser informado de que o prisioneiro Navalny já não se encontra na prisão", escreveu hoje Kira Yarmish, uma das aliadas do líder da oposição, na rede social X (antigo Twitter).

De acordo com Yarmish, os funcionários da prisão não concordaram em revelar o novo paradeiro de Navalny, que está a cumprir uma pena de prisão de quase 30 anos.

Segundo Kira Yarmish, a equipa de Navalny não tinha tido notícias dele durante seis dias.

Um porta-voz afirmou hoje que a Casa Branca está "extremamente preocupada" com as últimas informações relativas a Navalny.

"Ele deve ser libertado imediatamente. Nunca deveria ter sido preso", afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, indicando que as autoridades norte-americanas estão à procura de mais informações.

A 07 de dezembro, Navalny apelou, a partir da prisão, a um voto contra o Presidente russo, Vladimir Putin, nas eleições de março de 2024.

"Nesse dia, apelamos a todos para irem às urnas e votarem contra Vladimir Putin. Isto pode ser feito colocando uma cruz na caixa de qualquer outro candidato", escreveu no seu canal 'Telegram'.

Navalny anunciou também o lançamento de um 'site' (neputin.org), bloqueado um dia após o seu lançamento, que apelava aos russos para que apoiassem qualquer candidato presidencial, exceto o atual chefe do Kremlin.

Putin, que está autorizado pela reforma constitucional de 2020 a cumprir mais dois mandatos presidenciais de seis anos cada, anunciou a sua candidatura à reeleição no dia 08 de dezembro durante uma cerimónia de condecoração dos militares russos que combatem na Ucrânia.

Navalny, de 47 anos, que cumpre ainda pena de nove anos por alegada fraude, foi condenado em agosto passado a mais 19 anos de prisão por criar uma organização considerada extremista, o Fundo Anticorrupção, que denunciou o enriquecimento ilícito de altos funcionários, incluindo Putin, a quem acusou de possuir um sumptuoso palácio nas margens do Mar Negro.