DNOTICIAS.PT
Madeira

Cuidadores informais pedem mais apoio na tarefa do cuidar

1.º Encontro Regional de Cuidadores Informais procurou valorizar o papel destas pessoas que de dedicam a cuidar de quem está em situação de dependência

O 1.º Encontro Regional de Cuidadores Informais serviu para homenagear as pessoas que se têm dedicado a cuidar de familiares dependentes. Na ocasião foram entregues diplomas de participação nas acção de apoio e capacitação levadas a cabo em várias localidades. 
O 1.º Encontro Regional de Cuidadores Informais serviu para homenagear as pessoas que se têm dedicado a cuidar de familiares dependentes. Na ocasião foram entregues diplomas de participação nas acção de apoio e capacitação levadas a cabo em várias localidades. , Foto ML

São cerca de 240 os cuidadores informais da Região que têm estado envolvidos nos Grupos de Apoio e Capacitação de Cuidadores Informais que, neste momento, funcionam em oito centros de saúde dos vários concelhos da Região. 

O número foi apontado por Márcia Assunção, no âmbito do 1.º Encontro Regional de Cuidadores Informais, que decorreu na manhã desta segunda-feira, no Colégio dos Jesuítas, junto pouco mais de uma centena destas pessoas que, conforme notou a directora do Serviço Social do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), se "dedicam a cuidar de quem está em situação de dependência". 

Os grupos que estão no terreno pelo menos desde 2018, mas mais recentemente, a actuar de forma estruturada, contam com equipas multidisciplinares que procuram ajudar na "tarefa do cuidar". Além dos assistentes sociais e da educadora social, integram estas equipas médicos, enfermeiros, nutricionistas, dentistas, promovendo "um conjunto de saberes que irá capacitar o cuidador para desempenhar melhor a sua função", como notou, aos jornalistas, Márcia Assunção. 

Para uma resposta mais orientada e incisiva e porque não há, neste momento, qualquer levantamento do número de cuidadores informais existentes na Madeira, a responsável pelo Serviço Social do SESARAM disse estarem em curso deligências no sentido de ser feita essa caracterização, deixando a nota de que serão muitos mais do que aqueles que estão com estatuto formalizado. A par disso, referiu que "há ainda muito caminho para fazer" e entende que "os apoios no domicílio têm de ser uma realidade cada vez mais presente", onde entram os grupos que têm estado no terreno a capacitar os cuidadores para um melhor e mais adequado desempenho.  

Ainda que exista o objectivo de alargar os grupos de apoio a todos os concelhos da Região, a resposta a este nível, neste momento, já alcança os centros de saúde do Bom Jesus, de Santo António e da Nazaré, todos no concelho do Funchal, mas também, o de São Vicente, o da Calheta, o de Machico, o de Câmara de Lobos e o de Santana. Em estudo está já a criação de um grupo desta natureza nos Centros de Saúde do Caniço e do Monte. 

O encontro que hoje teve lugar procurou homenagear os cuidadores informais da Região, conforme deu conta Dília Afonseca, da comissão organizadora do evento.

A educadora social explica que estes grupos organizam-se em sessões com uma periodicidade variável. Numa primeira fase são realizadas 10 sessões psico-educativas, com a colaboração de profissionais de diferentes áreas. "A ideia é dar o máximo conhecimento possível para que a vida deste cuidador se torne mais fácil. Nem sempre é possível, nós sabemos. Mas para que ele possa cuidar da sua pessoa de uma forma mais saudável, mais completa, na medida do possível. No fundo o que pretendemos é ganhos em saúde", frisou. 

O 1.º Encontro Regional de Cuidadores Informais foi organizado pelo Serviço Social do SESARAM e contou com mais de uma centena de participantes. Na sessão de encerramento esteve presente Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Protecção Civil.