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China alerta para recolha de dados sensíveis por serviços de geolocalização estrangeiros

Foto Shutterstock
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O ministério de Segurança do Estado chinês alertou hoje que alguns serviços estrangeiros que recolhem dados geográficos estão a "transmitir dados sensíveis", incluindo "segredos de Estado", o que constitui uma "grave ameaça à segurança nacional".

Segundo um artigo publicado na conta oficial do ministério na rede social Wechat, algumas "agências estrangeiras e indivíduos com segundas intenções" estão a tentar "roubar dados geográficos sensíveis" através da utilização de serviços que recolhem dados geográficos.

Estes dados são "não só um recurso estratégico", mas também um "alvo chave para as atividades de espionagem de agências de inteligência estrangeiras", de acordo com o ministério.

"Ao roubarem dados geográficos de alta precisão do nosso país, podem reconstruir mapas topográficos tridimensionais de áreas específicas em domínios importantes como os transportes, a energia e as Forças Armadas, fornecendo um apoio crucial para o reconhecimento, vigilância e operações militares, o que representa uma séria ameaça à nossa segurança", afirmou o ministério.

O organismo recordou que a lei de segurança de dados da China estipula que as atividades de processamento de dados devem ser "realizadas de acordo com as disposições das leis e regulamentos" e que deve ser estabelecido e melhorado um sistema abrangente de gestão da segurança dos dados.

O ministério também recomendou que as empresas e os indivíduos "envolvidos na recolha e tratamento de dados geográficos" escolham programas de geolocalização "seguros e fiáveis".

No verão passado, o ministério apelou à mobilização de "toda a sociedade" para "prevenir e combater a espionagem" e anunciou uma série de medidas para "reforçar a defesa nacional" contra as "atividades dos serviços secretos estrangeiros".

Em abril, a China alterou a sua Lei Contra Espionagem para incluir a "colaboração com organizações de espionagem e seus agentes" na categoria de espionagem.

As investigações efetuadas nos últimos meses a empresas de consultadoria estrangeiras na China suscitaram preocupações entre o setor e potenciais investidores estrangeiros.