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Islamitas do Hamas querem prolongar cessar-fogo e libertar mais reféns

FOTO MOHAMMED SABER/EPA
FOTO MOHAMMED SABER/EPA

O grupo islamita Hamas afirmou hoje que está a tentar prolongar o cessar-fogo de quatro dias com Israel, que começou sexta-feira, se libertar mais reféns israelitas sequestrados na Faixa de Gaza.

"O Movimento de Resistência Islâmica Hamas está a tentar prolongar a trégua após o final do período de quatro dias, tentando seriamente aumentar o número de detidos libertados, conforme estabelecido no acordo de trégua humanitária", anunciou hoje o grupo islâmico na plataforma Telegram.

O anúncio do Hamas ocorre após o terceiro dia do cessar-fogo e da troca de reféns israelitas por palestinianos presos em prisões de Israel. Hoje, o grupo islâmico libertou 14 reféns israelitas e três tailandeses, que já foram transferidos para território israelita. O serviço prisional israelita anunciou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, a libertação de 39 prisioneiros de segurança palestinianos, todos menores, incluindo um residente na Faixa de Gaza.

O acordo, que também inclui a entrada de ajuda humanitária em Gaza, prevê a libertação de 50 reféns israelitas no total em troca de 150 prisioneiros palestinianos e poderá ser prorrogado se o Hamas se comprometer a entregar pelo menos dez reféns por dia.

Uma fonte de segurança egípcia disse hoje à agência noticiosa espanhola EFE que tanto o Hamas como Israel deram "uma resposta positiva" a uma proposta do Egito e do Qatar para prolongar a trégua na Faixa de Gaza, que implicaria prorrogá-la por mais quatro dias com "as mesmas condições". Uma fonte ligada ao processo, que pediu anonimato, disse que esta proposta "está próxima da aprovação final" e estipula a extensão da trégua por quatro dias, durante os quais o Hamas libertaria outros 40 reféns israelitas e Israel libertaria "mais presos". A prorrogação do cessar-fogo seria também aplicada para facilitar a entrada de mais ajuda humanitária e combustível para toda a Faixa de Gaza, segundo a fonte, que indicou que "todas as partes confirmam o seu desejo de prolongar a trégua".