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Explicador Madeira

A arte de estar bem informado e evitar compras impulsivas na 'Black Friday'

Para os amantes de compras e descontos, novembro é um mês bem recheado. Com a chegada do dia da Black Friday – 24 de novembro – ou, para alguns comércios, a semana, os interessados começam a analisar a sua lista de desejos e a perceber o que podem ou não dar por adquirido.

No entanto, os descontos e as promoções não trazem apenas felicidade. Quando as aquisições não correm como esperado, os consumidores recorrem à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – para registar as inconveniências desta altura do ano.

Em declarações ao DIÁRIO, Alexandra Caldeira, colaboradora no gabinete de projectos e inovação da DECO, contou que existem muitas compras precipitadas e que, depois do estrago não há remédio. Recordou também que a DECO está “disponível, não só para reclamações, mas também para retirar dúvidas e esclarecer os consumidores” e assim prevenir que “realizem compras por impulso”. Ainda assim, a profissional deixou algumas dicas.

Atenção na redução de preço

Antes de comprar alguma coisa, é necessário que seja feita uma pesquisa intensiva sobre os vários aspectos do produto em mente. Nesta altura é muito comum existirem campanhas aliciantes de marketing e publicidade, podendo até iludir o próprio consumidor nas compras. Para não se deixar ser levado e comprar por impulso, deve confirmar se a redução de preço aplicada é significativa ou não.  É aconselhado verificar o preço que tem sido praticado nos últimos 30 dias e se a redução existente foi realizada sob o preço mínimo praticado, nesse intervalo de tempo. Após essa análise, o consumidor decide se é, ou não, compensativo realizar a compra.

Um produto, inúmeras lojas

Tendo em conta que, atualmente, é possível encontar o mesmo produto em várias lojas, é imperativo verificar se, de loja para loja, o mesmo produto pode estar com diferentes preços. Pode ser benéfico essa análise porque o consumidor pode comprar o produto numa loja em que o preço seja mais baixo. No entanto, é preciso verificar com antecedência para que não seja levado pela situação.

Limitado ao stock existente

Por norma, as melhores ofertas são as primeiras a serem esgotadas. Neste caso, o consumidor precisa de estar com atenção e ver se, realmente, tem disponibilidade para se deslocar a uma loja física e obter o artigo ou se prefere comprar em loja online. Em ambos os métodos, é preciso ter tempo e paciência para conseguir essa oferta.

Trocas e devoluções

Normalmente, as lojas físicas não são obrigadas a aceitar trocas ou devoluções, se o produto não tiver defeito. Por outro lado, a loja online tem esse factor diferencial. A vantagem de fazer compras em loja online é que o consumidor tem 14 dias para devolver ou trocar o produto, independentemente se este tem defeito ou não. Assim, é importante que o consumidor conheça as políticas de compra e devolução das lojas, antes de realizar alguma compra. Se não estiver isso esclarecido no site da loja, o cliente só o pode fazer se o produto tiver defeito.

Esquemas e fraudes

Por fim, o consumidor precisa de estar em alerta em relação a esquemas fraudulentos, principalmente para quem faz compras online. Existem muitas lojas nas redes sociais que publicitam campanhas de desconto e produtos que não existem. O consumidor deve ter preferência em comprar nas lojas que conhece e que confia. Caso tenha conhecimento de alguma situação deste género, o consumidor deve contactar as autoridades, no sentido de identificar a fraude, para que possam ser tomadas medidas e para que proteja outros possíveis clientes.

*Trabalho executado pela estagiária Bruna Jardim com a supervisão do subdirector Roberto Ferreira.