Está concluído o primeiro painel de oradores do TEDxFunchal. Catarina Claro, Thiago Gomes e Alícia Teixeira foram os primeiros convidados a subir ao palco e falaram das suas experiências no estabelecimento prisional, numa start up e também uma experiência no trabalho

Catarina Claro propôs-se a falar prisões falando da sua experiência profissional na cadeia com indivíduos encarcerados e concluiu que estes indivíduos "não saem melhor do que entraram". 

“Na prisão tenho conhecido pessoas que parecem ter o destino traçado. O lugar dos indesejáveis, dos vulneráveis. É mais fácil julgar quando não vemos. Quando é criminoso é criminoso. Ponto final”. Mas pode uma prisão ser um potencial humano. Eu acredito que sim”, disse.

Lembrou que a “taxa de reincidência é de 60%”, ou seja “quer dizer que regressam à prisão. O que temos a ver com isso? Temos tudo a ver. Sai sem trabalho, sem amigos e sem casa. Sai a precisar de ajuda e a cortar com o passado. Mas quantos de nós daria emprego ou falar com quem saiu da prisão. Abriríamos a porta das nossas casas?”, questionou durante a sessão. 

O segundo prelector foi Thiago Thiago Gomes.  CEO da BioReboot, uma startup madeirense que converte resíduos agrícolas em alternativas ao plástico descartável. Possui 20 anos de experiência como cozinheiro, entre Portugal e Brasil. Actualmente, coordena o projecto Mãos na Terra - UMa, uma horta comunitária académica. No seu ‘Agora É que É!’ vai ‘Do Lixo ao Luxo’.

Falou dos enormes desperdícios alimentares, fala do que sabe porque trabalhou num restaurante no Brasil, avançando com o número de "931 milhões de toneladas de desperdício alimentar do qual "61% da responsabilidade diz respeito aos agregados familiares produzindo quase "200 quilos ano de desperdícios alimentar".

Lançou o desafio de olharmos para as cascas das hortaliças para transformar em composto. "Podemos colocar nos vasos. Pensem no valor de tomate cereja ou numa varanda poderá tornar-se um pequeno jardim".

Depois de ter tido um esgotamento, disse que o contacto com a terra e com agricultura possibilitou a sua recuperação.

Já Alícia Teixeira - É Happiness Manager e fundadora da ‘Joy On Job’. É cronista no JM e apresenta o podcast ‘A culpa é do Patrão (só que não)’ com João Gouveia. Actua como formadora em desenvolvimento pessoal, liderança, comunicação e gestão de equipas. A certeza da Alícia é simples: é melhor estar bem do que estar mal. No seu ‘Agora É que É!’ defende que ‘Trabalho e felicidade combinam!’

A prelectora diz que muitos dos trabalhores olha para o Trabalho ser igual a Sofrimento e "ficamos admirados quando encontramos alguém que diz que adoramos o que faz. Felicidade e trabalho combinam. Ora, "45% das pessoas mudam de trabalho" e em “Portugal é numero um em situações de burnout - depressão”.

Esteve perto de mergulhar neste cenário mas mudou a sua visão inspirando-me noutras pessoas, apercebendo-se da existência de muitas estratégias, apontando 5 pilares para manter um local de trabalho agradável: “a conexão;Justiça; Desafio; Empoderamento e Inspiração.