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"Foram mortos demasiados palestinianos"

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Foto Brendan SMIALOWSKI / AFP

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, deplorou hoje a morte de "demasiados palestinianos" na ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza e avisou que é preciso fazer "muito mais" para proteger os civis.

"Foram mortos demasiados palestinianos", afirmou Blinken em Nova Deli, numa mensagem dirigida a Israel, segundo a agência francesa AFP.

Desde o ataque sangrento do Hamas a Israel, em 07 de outubro, com um saldo de 1.400 mortos, Israel iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que o grupo islamita palestiniano disse que já causou mais de 10.800 mortos.

Israel aceitou fazer pausas diárias de quatro horas no norte da Faixa de Gaza para permitir a fuga de civis para o sul do enclave, mas recusou uma proposta norte-americana para tréguas de três dias.

Blinken congratulou-se com as pausas na ofensiva israelita, mas considerou a medida insuficiente.

"Penso que foram feitos progressos. (...) Mas também fui muito claro ao afirmar que ainda há muito trabalho a fazer em termos de proteção dos civis e de prestação de ajuda humanitária", afirmou.

O secretário de Estado norte-americano disse que as pausas de quatro horas diárias permitirão "salvar vidas" e fornecer mais ajuda à Faixa de Gaza, sitiada pelo exército israelita desde o ataque do Hamas.

"Ao mesmo tempo, é necessário fazer muito mais para proteger os civis e garantir que recebem ajuda humanitária", insistiu.

Sem especificar, Blinken disse que os Estados Unidos estão a trabalhar em "planos concretos para o fazer".

O chefe da diplomacia norte-americana terminou hoje uma viagem pelo Médio Oriente e pela Ásia que incluiu visitas a Israel na sexta-feira passada e à Cisjordânia ocupada no domingo.

Blinken reafirmou ainda que os Estados Unidos apoiam uma solução de dois Estados para Israel e para a Palestina, como única forma de alcançar uma "paz duradoura e justa".

Em Nova Deli, os chefes da diplomacia e da defesa da Índia e dos Estados Unidos debateram questões de segurança relacionadas com o Indo-Pacífico, a China e a guerra entre Israel e o Hamas, segundo a agência norte-americana AP.