Foi à margem da sua apresentação no seminário ‘Utilização sustentável da água’ que o presidente do conselho de administração da ARM – Águas e Resíduos da Madeira colocou a tónica na redução das perdas das redes de distribuição da água como garante de uma gestão mais sustentável desse precioso líquido. 

Aos jornalistas, Amílcar Gonçalves admitiu que os sistemas nunca conseguirão ser 100% eficientes, em parte, devido à dispersão das redes e à orografia da Madeira, aspectos que contrinuem para que a realidade regional seja muito distinta da dos territórios do continente. 

A solução, aponta, está "nos usos do recurso", realçando que "os sistemas municipais têm de fazer esforços significativos para reduzir as perdas", algo que considera "mandatório".

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Da parte da ARM, garante que têm sido feitos os investimentos necessários nesse sentido, nomeadamente nos concelhos onde tem à sua responsabilidade a distribuição em baixa. "Tem sido gasto imenso dinheiro, cerca de 30 milhões de euros", destacando a criação de equipas especializadas na detecção das fugas, de modo a atalhar mais rapidamente o problema, identificando "a zona crítica de perdas". 

Quanto ao caso da Ponta do Sol, Amílcar Gonçalves assegura que o pronlema já está sanado, notando que "a Câmara fez algumas intervenções ao nível da sua rede, era claramente um sistema que estava em queda por perdas na rede", dando nota de que face às rupturas existentes não era possível aumentar o caudal, "era pôr água num cesto", referiu.  

Já na sua intervenção, perante a plateia que encheu o auditório do Museu de Electricidade - Casa da Luz, o presidente da ARM traçou o historial dos aproveitamentos da água na Madeira, nomeadamente através das levadas, destacando os sistemas dos Tornos, do Canal do Norte e da Calheta-Ponta do Sol.