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Incêndios Madeira

Solidariedade para com as vítimas dos fogos e “agravamento das penas” para incendiários

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Foto: CHEGA Madeira

O Grupo Parlamentar do CHEGA-Madeira realizou, esta tarde, uma conferência de imprensa, na Assembleia Legislativa da Madeira, com o propósito de um ponto à situação dos incêndios que nos últimos dias têm fustigado a Região Autónoma da Madeira.

“As minhas primeiras palavras são de solidariedade para com as vítimas dos fogos. As pessoas que perderam o fruto do seu trabalho, as pessoas que perderam as suas posses, as pessoas que se queimaram e estão feridas”, começou por dizer Miguel Castro, líder do Grupo Parlamentar do CHEGA, deixando também um agradecimento sentido e solidário “para as mais de nove dezenas de operacionais de todos os corpos de bombeiros da Região que estão a combater os incêndios que estão a lavrar em vários concelhos, apoiados por três dezenas de veículos e o meio aéreo”.

“O trabalho destes homens é absolutamente fundamental no combate aos incêndios, provocados por mão criminosa. E é nesta altura que o seu trabalho merece ser ainda mais valorizado, pois são a nossa primeira linha de combate e a nossa primeira resposta a estas tragédias – e nunca falham. E é impossível não trazer para cima da mesa a forma indecorosa como o governo regional andou durante tanto tempo a brincar e a abusar da carreira dos bombeiros voluntários”. Miguel Castro, líder parlamentar do CHEGA

Entende o parlamentar que de nada vale se lembrar dos bombeiros quando a Madeira está a arder e as pessoas estão desesperadas. O que é preciso, continuou Miguel Castro, “é ser sério, é preciso ser honesto para com as pessoas e não havia necessidade nenhuma para o governo regional ter andado a brincar com a carreira dos bombeiros como andou, durante demasiado tempo”.

Na sua intervenção, o líder parlamentar do CHEGA apontou também o dedo ao presidente do governo e a sua mais recente parceira de coligação, que se diz ser pela natureza, e que “estão desaparecidos em combate”.

“Tal como aconteceu quanto o Funchal estava a arder, o líder do governo da Madeira prima pela ausência e a sua aliada, que é a representante da esquerda fundamentalista, também não está – nem para as pessoas que sofrem, nem para os animais que morreram, nem para a natureza que arde. PSD e PAN estão desaparecidos em combate e a liderança que exercem é nula”. Miguel Castro, líder parlamentar do CHEGA

Miguel Castro considerou que é preciso uma visão estratégica para o combate aos incêndios que tem de incluir todos os concelhos da Madeira. “A política do governo tem de incluir toda a Madeira e todos os madeirenses. Quando só se pensam em faixas corta-fogo para o Funchal, algo vai muito mal no governo”, lamentou.

A conferência serviu ainda para agradecer à República a prontidão em disponibilizar meios para combater os incêndios. Mas, com uma ressalva, “melhor ainda seria que o governo da República tivesse inscrito na sua proposta de Orçamento de Estado para 2024 as verbas necessárias para a manutenção do helicóptero de combate aos incêndios”.

Por fim, e tendo em conta que, a avaliar pelas últimas investigações no terreno, estes incêndios têm mão criminosa.

“O CHEGA defende e sempre defendeu o agravamento das penas para as pessoas que cometem estes crimes. Não vale a pena continuar a adiar este debate e a esconder a realidade dos factos. Quem comete estes crimes tem de sentir a lei em toda a sua força e não pode andar solto, a gozar da lei e a colocar em risco a vida dos cidadãos de bem. Gente que faz isto tem de ir para a cadeia e lá ficar muito tempo”.    Miguel Castro, líder parlamentar do CHEGA