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Madeira

Chega estranha que o acordo de colaboração PSD/PAN não tenha sido divulgado

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O Chega Madeira afirma encarar com estranheza o facto de o acordo de cooperação parlamentar entre o PSD e o PAN não ter sido divulgado, uma vez que “nada contribui para o clima de transparência e bom senso que se exige na governação regional". O partido afirma que o PAN assumirá o papel determinante de assegurar nos próximos quatro anos a estabilidade do futuro governo PSD/CDS, mas que Mónica Freitas havia explicado que o entendimento com o PSD não constituía uma maioria parlamentar, mas somente a viabilização de um executivo. São esses aspectos que Miguel Castro gostava de ver esclarecidos.

Tudo no acordo entre o PSD e o PAN é uma aberração. Temos o PSD a dizer na televisão que não é um partido de Direita. Temos o PAN a dizer que não é um partido de Esquerda. Temos dois partidos que nada têm a ver um com o outro a se unirem pela sede de poder, numa espécie de compra-e-venda na qual o PSD comprou e o PAN se vendeu de barato, sem perceber que vais ser ainda mais esmagado do que o CDS foi quando se juntou a Miguel Albuquerque. Pelo caminho, ficou a IL, que quis ser ‘o adulto da sala’, mas ficou sozinha no altar Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira e líder da bancada parlamentar 

Por isso, em prol da transparência e da boa governação, Miguel Castro pede que o acordo seja divulgado. “Sabemos que Miguel Albuquerque não gosta de por as cartas em cima da mesa. Todavia, o parlamento tem o direito de saber e o povo da Madeira tem o direito de saber qual o preço pelo qual o PAN aceitou segurar as pontas de um PSD decadente. Ou será que há algo no acordo que o PSD e o PAN querem manter escondido e por isso não o tornam público? São partidos de bem ou andam a fazer jogadas nas costas do povo?”, questiona.

A concluir, o líder do Chega -Madeira sublinha a ingenuidade do PAN, em especial as supostas exigências que Mónica Freitas fez ao PSD para viabilizar o novo governo. “O problema do PAN não é só o fundamentalismo com que aborda a causa animal, pondo os animais acima das pessoas e exigindo para os animais direitos que nega às pessoas. O problema do PAN é a enorme ingenuidade com que geriu a negociação com o PSD, pois, numa altura em que os madeirenses estão pobres, não conseguem garantir o básico e não conseguem casa para viver, o PAN veio pedir ao governo vacinas para os cachorros e um centro de saúde no Caniço. É demasiado mau e indicativo de quem não tem noção da terra onde vive", termina.