Falhanço das sondagens
Mais uma vez as sondagens/estudos de opinião não acertaram.
Depois de nas legislativas nacionais ter falhado na maioria absoluta dos socialistas, agora nas últimas eleições regionais falharam redondamente, que o PSD Madeira juntamente com o CDS, tivesse essa maioria.
Todas elas, todas, davam maioria absoluta para a coligação Somos Madeira, o que não aconteceu. Perdeu a maioria, ficando nos 23 deputados eleitos.
Desde o início do ano foram feitas várias sondagens e todas elas sempre dando maioria absoluta.
Há que salientar a sondagem da Universidade Católica/RTP, feita porta a porta e com uma amostra alargada, 1600 pessoas. Aquela que talvez estivesse mais perto dos resultados finais, mas mesmo assim com a maioria absoluta para a coligação.
Também dava a possibilidade dos partidos mais pequenos elegerem deputados para a Assembleia Regional.
O outro estudo/projeção que mais "acertou" foi também da Católica/RTP.
Feita à porta das urnas em pleno ato eleitoral. Para espanto de muita gente e ceticismo de alguns, no início da noite saiu que essa maioria absoluta poderia esfumar-se e o que veio a confirmar-se, com o escrutínio dos votos.
As sondagens anteriores, levaram a que muitos pensassem que estás eleições eram um "passeio". Com declarações de dirigentes partidários completamente alheados da realidade regional.
As pessoas habituaram-se ao discurso de circunstância, pelo que esse mesmos dirigentes muitas vezes "embalaram em arco", contagiando-se com os abraço, sorrisos e as tais palmadinhas nas costas.
Depois vem o veredito final. A desilusão. A raiva. Como alguém no passado no decurso de umas eleições autárquicas veio dizer publicamente "são todos uns falsos".
Política é assim mesmo, alegria de uns e a desilusão de outros.
Estas eleições vieram mais uma vez demonstrar, que as sondagens/estudos de opinião, não são verdades absolutas, mas sim um instrumento de trabalho, ou como Luís Paixão Martins, talvez o maior Marketeer Político em Portugal diz.
"Aquilo que passa por informação transformam-se em conteúdo político. Uma bola de cristal atrevida e avariada." No seu novo livro, "Como Mentem as Sondagens ".
António Nóbrega