País

Hoje um banco estrangeiro não compraria Banif e Popular por um euro

None
FOTO MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O presidente da CGD disse hoje que a dimensão e os lucros atuais do banco o tornam um operador ativo e, se fossem essas as circunstâncias em 2015, o Banif e Banco Popular não teriam sido vendidos por um euro.

"A CGD não é líder em tudo [em todos os segmentos de negócio] ou seria um banco imperial. Mas o que se demonstra é que hoje a Caixa não é uma Caixinha, tem rentabilidade, tem autonomia. É por a Caixa estar hoje como está que hoje não aconteceria um banco estrangeiro comprar Banif e Banco Popular por um euro", disse Macedo em audição na comissão parlamentar de orçamento e finanças.

Segundo o gestor, é hoje "muito claro porque é que há bancos que cresceram na sua quota de mercado, para além do seu mérito".

Paulo Macedo afirmou que isso aconteceu, porque a CGD não tinha então condições para ser um operador ativo. "A CGD não tinha capital, estava à beira da resolução e tinha histórico de seis anos de prejuízo", afirmou.

O ex-ministro da Saúde do Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho referia-se às aquisições do grupo bancário espanhol Santander.

Em 2015, o Santander Totta (detido pelo Santander) comprou a atividade bancária do Banif (no âmbito da resolução deste). Em 2018, no âmbito da operação referida, ficou também com a operação do Banco Popular Portugal.