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Rali Vinho da Madeira Desporto

Rali Vinho Madeira de A a Z, protagonistas, fotos e histórias

Veja o trabalho de evocação das memórias do RVM, feito pelo estagiário Guilherme Gouveia

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A - A 'prova rainha'

Chegou finalmente a semana do Rali Vinho Madeira (RVM) de 2022. Para começar a festa do rali vamos relembrar pilotos, momentos, classificativas e carros icónicos que marcaram aquele que é um dos melhores ralis de asfalto do mundo e o maior evento desportivo na Região.

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B - Bruno Magalhães

O piloto português conta com quatro vitórias em asfalto madeirense. Não fosse a controvérsia de 2016, onde foi penalizado após ter sido terminada a prova, contaria com 5 vitórias. O piloto já afirmou ser este o seu rali favorito e é acarinhado por muitos madeirenses. As suas vitórias no fim da era dos S2000 e início da era dos R5 marcaram as suas passagens, não podendo esquecer a rivalidade com Basso e Alexandre Camacho.

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C - Carlos Sainz

Famoso bi-campeão mundial de ralis teve uma curta passagem pelo Rali Vinho Madeira em 1986 ao volante de um Renault 5 Maxi Turbo. Infelizmente viria a abandonar a prova devido a problemas mecânicos.

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D - ‘Donuts’ ou piões

Uma das coisas que os adeptos mais gostam de ver no rali é uma curva de travão de mão bem executada, mas quando falha, fazem um pião. Nesses casos, os pilotos podem endireitar o carro e partir para poupar o máximo tempo possível, ou então, fazer mais um ou dois piões, desta vez de forma propositada, para animar quem está nessa curva.

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E - É um rali para todos

O Rali Vinho Madeira é uma prova altamente competitiva onde conta sempre com a presença dos melhores pilotos regionais, nacionais e grandes nomes internacionais, bem como os carros mais competitivos fora do Campeonato Mundial de Ralis. No entanto, isso não impossibilita aqueles que gostam de se divertir ou que ambicionam participar no RVM, independentemente do carro que tenham (desde que estejam devidamente preparados e autorizados a participar).

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F - Falta um pouco de sorte por vezes

Muitas vezes, o sucesso não depende só de nós, outras apenas não é alcançado por um pequeno erro. Foi esse o caso de Miguel Nunes, em 2021, que deixou escapar a vitória após um toque que o faria abandonar o rali na última classificativa.

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G - Giandomenico Basso (à direita)

Um dos pilotos italianos que veio à Madeira com ambições de ganhar, tornou-se num dos mais consagrados pilotos da prova rainha do desporto motorizado regional. Ficou conhecido pelo seu domínio, rivalidade com Bruno Magalhães e os Fiat Punto Abarth.

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H - Henri Toivonen

O famoso piloto finlandês conhecido pela sua passagem pela Lancia e pelo seu fatídico acidente na Tour de Course de 86 que levou ao fim o lendário Grupo B conta com uma vitória no Rali Vinho Madeira. Essa conquista deu-se em 84 ao volante de um Porsche 911 SC  com pintura da Rothmans.

Foto de ralivm.com

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I - "If in doubt flat out" (tradução livre, "na dúvida, prego a fundo", da autoria de Colin McRae)

A mais célebre frase do mundo dos ralis e, possivelmente, a mais associada aos acidentes. Para o rali é preciso ter nervos de aço e uma coragem não muito vulgar. Foi isso que Pepe Lopez mostrou quando venceu a classificativa do Palheiro Ferreiro (2) em 2019 com um nevoeiro denso que tornava a pilotagem quase impossível. A confiança nas notas do co-piloto foram o suficiente para o jovem piloto espanhol dar vida ao famoso "If in doubt flat out".

Foto de ralivm.com

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J - Julho ou Agosto há rali de manhã, até mesmo depois do sol posto (classificativa nocturna)

O RVM tem das mais belas classificativas da Europa, é verdade, todo o ambiente, desde o clima humano até à beleza natural da ilha, tornam o rali num verdadeiro paraíso. No entanto, nem sempre é preciso conseguir ver tudo para tornar uma classificativa em algo especial. Esse é o caso das classificativas nocturnas. Infelizmente já não as temos há alguns anos, mas as memórias de ouvir apenas o carro e do escuro aparecer os faróis tinham uma sinistra atracção que deixam imensas saudades.

Foto Canal de Youtube do jornalista Paulo Almada

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K - Kris Meeke

A passagem do piloto norte irlandês não foi esquecida pelos madeirenses, seja pela pintura do carro, pelo facto de pouco tempo depois ter entrado para o WRC ou então pela avaria que deixou de fora o piloto oficial da Peugeot.

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L - Lotus

No mundo competitivo dos ralis nem todos os carros estão à altura, ainda menos quando partem em desvantagem, no entanto, isso não significa que não sejam marcantes. Esse é o caso do Lotus Exige R-GT de Bernardo Sousa. Apesar da elegância que este carro tinha, o facto de ser um carro com duas rodas motrizes já o deixava em desvantagem face aos mais competitivos S2000.

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M - Muito mais do que uma corrida ou um rali

Como comprovou Robert Consani, o rali é muito mais do que um louco ao volante. É preciso ter ambição e paixão e, acima de tudo, noção dos perigos. Em 2015 morreu Jules Bianchi após um acidente de F1 ocorrido em 2014, no GP do Japão. Nesse Verão, o piloto francês, amigo próximo de Bianchi, trouxe o carro todo negro em homenagem ao seu amigo e a competir por ele.

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N - No limite

Nem sempre tudo corre como planeado, apesar de uma boa preparação dos pilotos e os cuidados necessários com as viaturas por parte das equipas, por vezes, o rali pode ser um mundo cruel, nem sempre é preciso ficar a 500 metros de ser campeão mundial como aconteceu a Carlos Sainz em 1998. O ritmo alucinante a que estes pilotos andam fazem levar os carros ao limite e, por vezes, algo falha. Foi esse o caso de Bruno Magalhães, em 2010, quando lhe faltaram os travões terminando assim o seu rali de forma prematura.

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O -  “O rali arrasta multidões e cria paixões”

Já estamos habituados a ouvir esta típica frase todos os anos. As estradas regionais recebem pessoas de toda a parte da ilha e até do estrangeiro. Homens, mulheres e crianças vão para a estrada para sentir o chão a vibrar, o corpo a tremer com a sinfonia dos motores, sentir o cheiro da gasolina e viver a festa do rali.

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P - Pérola do Atlântico e do rali internacional

O Rali Vinho Madeira é conhecido internacionalmente como um dos melhores ralis de asfalto do Mundo, mas o que o torna tão especial é a beleza que o rodeia. O mar, a montanha e o clima adverso fazem este rali ser diferente de todos os outros. A moldura humana nas estradas torna-o mais especial ainda.

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Q - Quando está para correr mal… normalmente corre

Foi esse o caso para Peter Bijvelds na super especial da Avenida do Mar, em 2002, onde sofreu um aparatoso acidente quando cortou demasiado uma curva. Ao tocar nos pneus que funcionavam como barreira de protecção, o carro capotou, tendo sido logo catapultado contra as palmeiras que dividiam a famosa avenida do Funchal.

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R - Rosário ou descida da Encumeada.

Classificativa histórica que faz qualquer um tremer dos joelhos, mesmo que não admitam. Ao ver a queda vertiginosa num lado e a montanha alta no outro, é ‘prego a fundo’ até ao fim, seja por loucura ou por vontade de vencer.

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S - Super especial da Avenida do Mar

Quem não gosta de passeios à beira-mar numa tarde de Verão? Sentir a brisa fresca enquanto somos banhados pelo sol quente, o aroma refrescante vindo do oceano atlântico e ouvir pneus a ‘gritar’? A classificativa que marca a abertura do RVM está de volta e esperemos que seja para ficar.

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T - Tudo ou nada

Só uma equipa pode ganhar, só um piloto e co-piloto. É essa a ambição de quem entra. É correr para vencer. Nenhum piloto quer ser o mais lento. Ninguém quer entrar para ficar em segundo, terceiro, quarto ou quinto. Mesmo que o foco principal seja ganhar uma vantagem, ou mantê-la, no campeonato nacional ou numa competição europeia como nos tempos do IRC, nenhum piloto revela o desejo de terminar fora do primeiro lugar do pódio. Quem corre, corre para vencer!

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U - Uma homenagem merecida a Pedro Paixão

Pedro, cuja paixão pelo desporto e a sua rebeldia ao volante tornaram-no num dos pilotos favoritos, especialmente entre os jovens. A presente edição do Rali Vinho Madeira já não terá a participação de Pedro Paixão, que morreu num trágico acidente no Porto Santo, mas garantidamente que jamais cairá no esquecimento e estará presente na memória de todos aqueles que vão para as estradas ver os carros.

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V - Voar baixinho

Com a velocidade que os carros passam por nós até parece que voam, mas por norma estão bem colados ao chão devido aos auxílios aerodinâmicos. No entanto, voam mesmo quando chegam aos saltos, e o mítico Salto da Choupana é a prova disso. Aquele que provavelmente é um dos momentos favoritos do público é a prova de que por vezes passam por nós ‘a voar’.

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W - ‘Win win win’ (vencer, vencer, vencer)

As vitórias mais marcantes nem sempre são as que vêm daqueles que vencem várias edições de forma consecutiva, mesmo que seja dos ‘pilotos da casa’. Esse é o caso de Vitor Sá. A tão esperada vitória do piloto madeirense veio no ano de 2004 ao volante do mítico Peugeot 306 maxi. Carro esse, que se tornou dos mais icónicos carros do Rali Vinho Madeira com uma decoração preta e vermelha e com um ‘cantar forte’ que ecoava entre as serras e montanhas e que lhes dava um outro encanto.

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X - ‘X Factor’

No mundo do desporto só tem sucesso quem tudo faz para ganhar, no desporto motorizado mais ainda. Não só conta o espírito competitivo que estes atletas têm, mas também o facto de colocarem a sua própria vida em perigo faz com que tudo seja mais intenso. É preciso uma grande força de vontade e preparação física e mental para aguentar com a pressão de um rali onde o desgaste físico é muito elevado e as temperaturas dentro do carro só afectam. É verdadeiramente necessário o Factor X, aquela ambição que os faz querer ser os melhores.

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Y - ‘Yeeeees’

Nada como a vitória após 3 dias de luta. As emoções falam pelos pilotos mesmo que estes nada digam. Ayrton Senna dizia que gostava que os capacetes fossem abertos para que se pudesse ver o que os pilotos sentem. Com os capacetes abertos do rali podemos. Mas no pódio vemos mais ainda, e não há nada como vencer.

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Z - Zeros

A espera inicial de cada classificativa também tem lugar na lista. Por vezes pode ser esquecida a importância destes carros, mas o seu trabalho, tal como dos carros de segurança que passam antes ou o ‘vassoura’ após o último carro, é de extrema importância para a segurança do público.