Um ataque aéreo do exército nigeriano matou 19 "bandidos", termo utilizado para designar bandos criminosos, numa zona remota do nordeste do país, numa aldeia no estado de Kaduna, anunciaram hoje as forças armadas nigerianas.

"Lançámos uma operação bem-sucedida em 09 de agosto, na qual 19 bandidos foram neutralizados num ataque aéreo na aldeia de Ukambo, no estado de Kaduna", disse à agência Efe uma fonte militar, que solicitou o anonimato.

Segundo a mesma fonte, entre os mortos consta um líder de um bando criminoso armado, Alhaji Shanono, procurado pelo exército nigeriano.

As forças armadas nigerianas destruíram com a operação várias armas e motos na posse dos criminosos.

Os estados centrais e do noroeste da Nigéria são há anos palco de ataques de bandidos e raptos em larga escala destinados à obtenção de resgates.

Não obstante as promessas do Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, de acabar com o problema e do reforço destacamento de forças de segurança na área, estas organizações criminosas continuam a atuar de forma relativamente impune.

A insegurança no noroeste da Nigéria é uma nota constante desde 2009, primeiro protagonizada pelo grupo armado extremista islâmico Boko Haram e, desde 2015, por um grupo seu dissidente, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (Iswap).

Estes dois grupos mataram já mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, na sua maioria na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do governo nigeriano e das Nações Unidas.

Recentemente, o sudeste do país tem sido também palco de graves raptos e assassinatos, que as autoridades atribuem aos separatistas do Povo Indígena do Biafra (Ipob), um grupo que defende a secessão desse território.