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Mais de mil voos da Lufthansa cancelados devido à greve de pessoal de terra

Aeroporto da Madeira tem agendado para hoje um voo da companhia desde Munique

Foto Nate Hovee/Shutterstock.com
Foto Nate Hovee/Shutterstock.com

Mais de mil voos da Lufthansa foram hoje cancelados por causa de uma greve de 24 horas do pessoal de terra da companhia aérea alemã, afetando dezenas de milhares de passageiros, segundo a agência de notícias dpa.

Cerca de 134.000 passageiros tiveram que mudar os seus planos de viagem ou cancelá-los completamente e pelo menos 47 ligações já tinham sido canceladas na terça-feira, informou a agência de notícias alemã.

Frankfurt e Munique estão a ser os aeroportos mais afetados pela greve, mas também houve voos cancelados em Duesseldorf, Hamburgo, Berlim, Bremen, Hannover, Estugarda e Colónia.

A companhia aérea aconselhou os passageiros que não se desloquem aos aeroportos afetados porque a maioria dos balcões não terá funcionários.

Num comunicado divulgado na segunda-feira, o sindicato Verdi diz ter emitido um pré-aviso de greve para o período das 03:45 (01:45 GMT) de hoje às 06:00 de quinta-feira (04:00 GMT), "para aumentar a pressão" sobre a administração da empresa, reclamando aumentos salariais de 9,5%.

A greve na Lufthansa abrange os trabalhadores de terra, nomeadamente da manutenção, mas também os operadores de veículos de reboque de aeronaves, essenciais ao bom funcionamento do aeroporto.

Segundo a dirigente sindical Christine Behle, "a situação nos aeroportos está a deteriorar-se e os funcionários estão cada vez mais pressionados e sobrecarregados devido à grande falta de pessoal, à inflação alta e à ausência de aumentos há três anos".

Desde o levantamento das restrições sanitárias, no início do ano, as companhias aéreas e os aeroportos têm tido dificuldades em responder ao forte aumento da procura, após dois anos de tráfego reduzido durante os quais o setor perdeu muitos funcionários.

Atualmente faltam mais de 7.000 funcionários no setor da aviação alemão, de acordo com um estudo do instituto económico IW publicado no final de junho.