A Guerra Mundo

Frequência dos bombardeamentos de Lysychansk é "enorme"

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Foto EPA

O governador da região de Lugansk, Serguiï Gaïdaï, disse hoje que "a frequência" dos bombardeamentos em Lysychansk, uma cidade sob fogo de artilharia russa no leste da Ucrânia, é "enorme".

"Estamos a testemunhar um pico de intensidade nos combates", acrescentou o responsável na televisão ucraniana, especificando que "cerca de 15.000 civis" ainda estavam na cidade de quase 100.000 habitantes antes da guerra, "mas que a sua retirada era muito perigosa neste momento".

"A cidade é constantemente bombardeada com armas de grande calibre", disse Gaïdaï na sua atualização diária, referindo que "os combates continuaram (em particular) nos arredores".

Os russos "trouxeram um grande número de veículos e soldados", detalhou, antes de acrescentar: "Os bombardeamentos e os ataques inimigos não cessam".

Lysychansk é alvo das forças russas após a ocupação total de Severodonetsk, sua cidade vizinha, após várias semanas de combates que devastaram as duas cidades e que também causaram a morte de dezenas de civis.

Esta é a última grande cidade que falta ser conquistada pelos russos na região de Lugansk, uma das duas províncias da bacia industrial do Donbass, que Moscovo pretende controlar integralmente.

Pavlo Kyrylenko, governador regional de Donetsk, a outra região de Donbass, disse, por sua vez, que um civil foi hoje morto e outras oito pessoas ficaram feridas.

"A linha de frente é constantemente bombardeada" por "foguetes" russos, lamentou, ressaltando, no entanto, que as retiradas de civis continuam no momento, uma tarefa "necessária (mas) extremamente complicada", acrescentou.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.