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Raízes do Atlântico termina amanhã com Mano a Mano e Alcione

Público encheu a Praça do Povo para assistir aos concertos da primeira noite do evento

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A 21.ª edição do festival Raízes do Atlântico termina este sábado, 25 de Junho, com a actuação dos Mano a Mano e, o muito esperado, regresso de Alcione. Depois de na primeira noite, os D’Repente e os Ayom terem levado ao rubro o público que encheu a Praça do Povo, hoje são esperados mais dois concertos memoráveis protagonizados por Pedro Marques com 'A Voz de Uma Guitarra' e o cabo-verdiano Miroca Paris. 

O Festival Raízes do Atlântico é um evento organizado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura. Os concertos, na Praça do Povo, têm acesso gratuito. O secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, enalteceu a participação do público na primeira noite de concertos, referindo que madeirenses e turistas responderam de forma positiva ao convite lançado pelo Raízes e “juntaram-se à festa dos sons do Atlântico”, acompanhando os músicos em palco com palmas e alegria e até mesmo com dança. O governante acredita que os restantes quatro concertos do programa da 21.ª edição do evento serão “igualmente memoráveis” e “proporcionarão momentos sem igual ao público”.

O Festival chega ao fim este sábado com os Mano a Mano, a subir ao palco às 21 horas. O duo formado pelos irmãos madeirenses, André e Bruno Santos, dois guitarristas conta com um vasto percurso musical, maioritariamente no estilo jazz, onde são considerados dois dos mais importantes músicos a nível nacional.

No duo, que resulta de uma forte empatia entre os dois irmãos, a escolha de repertório é baseada em originais escritos ou adaptados especificamente para o duo, e arranjos de canções de autores como Tom Jobim, Chico Buarque, Max, Jim Hall, Irving Berlin ou Thelonious Monk, que os manos foram descobrindo e partilhando ao longo dos anos.

No concerto de amanhã apresentar-se-ão em palco com a cantora Rita Redshoes e o trio de cordofonistas Roberto Moritz, Gustavo Paixão e Graciano Caldeira.

Às 23 horas tem início o concerto de Alcione, num regresso à Madeira há muito esperado e que se adivinha especial, já que a rainha do samba está a celebrar 50 anos de carreira.

Alcione Dias Nazareth é uma cantora, instrumentista e compositora brasileira, nascida a 21 de Novembro de 1947 em São Luís, Brasil. O nome de baptismo foi ideia do pai, inspirado na personagem Alcíone, do romance Renúncia, psicografado por Chico Xavier. A sua história na música começou ainda na infância, quando o pai, que era mestre na banda da Polícia Militar em São Luís, lhe ensinou a tocar os primeiros instrumentos.

Durante os anos 1960 e meados dos anos 1970, Alcione começou a se apresentar em bares na região do Maranhão. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1967, trabalhando na TV Excelsior. Após ter feito excursão por países da América do Sul, morou na Europa por dois anos. Voltou ao Brasil em 1972 e três anos depois ganhou o primeiro disco de ouro através do primeiro LP, A voz do samba (1975).

Alcione consagrou uma série de canções, entre elas, as mais famosas são: Não Deixe O Samba; Morrer; A Loba; Meu Ébano; Mulher Ideal; Gostoso Veneno; Meu Vício é Você; Você Me Vira a Cabeça; Além da Cama; Menino Sem Juízo; Garoto Maroto; Estranha Loucura.

Ao longo de sua carreira, foi premiada com 26 discos de ouro, 7 de platina e um duplo de platina. Na sua galeria de troféus - com cerca de 350 peças - possui títulos e honrarias que poucos artistas conseguiram obter ao longo de suas carreiras, tais como: Ordem do Rio Branco (a mais alta comenda do Brasil), a Medalha Pedro Ernesto (concedida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a Medalha do Mérito Timbira (a maior comenda concedida pelo estado do Maranhão) e foi escolhida como embaixadora do turismo do estado do Rio de Janeiro e do estado do Maranhão.