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Galp "confiante" de que vai continuar a satisfazer todas as necessidades de gasóleo de vácuo

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A Galp afirmou-se hoje "muito confiante" que, com as alternativas que tem encontrado na Europa e Médio Oriente ao fornecimento do gasóleo de vácuo comprava à Rússia, vai "continuar a satisfazer todas as necessidades em Portugal".

"Temos conseguido abastecer-nos nos mercados europeu e do Médio Oriente. Durante o mês de abril estivemos a laborar em pleno, começámos agora a aprovisionar bastante VGO [gasóleo de vácuo, do inglês 'vacuum gas oil']" para o mês de maio e já estamos a olhar para as oportunidades em junho", disse o administrador executivo da Galp responsável pela Produção e Operações.

"Por isso, estamos muito confiantes de que vamos continuar a satisfazer todas as necessidades em Portugal", acrescentou Thore Kristiansen numa conferência telefónica com analistas para apresentação dos resultados do primeiro trimestre da petrolífera.

No passado dia 20 de abril, o presidente executivo da Galp admitiu que a produção de 'diesel' na refinaria de Sines poderia ser afetada em maio, se não fossem encontradas alternativas que garantissem o fornecimento de gasóleo de vácuo, que a empresa comprava à Rússia.

"Ainda não assegurámos o abastecimento [de gasóleo de vácuo] para maio e, se não o conseguirmos fazer, poderemos ter de reduzir um pouco a atividade na refinaria", alertou então Andy Brown, num encontro com jornalistas, na sede da Galp, em Lisboa, sobre o contexto geopolítico e as suas implicações no mercado energético.

O gestor lembrou que a Galp deixou de importar matéria-prima da Rússia, após a invasão da Ucrânia, incluindo gasóleo de vácuo, que é refinado em 'diesel' em Sines, sendo que, até então, não tinha ainda encontrado alternativa capaz de garantir as necessidades para o mês de maio.

Andy Brown garantiu, na altura, que não havia razão para alarme, uma vez que as necessidades de combustível em Portugal estavam asseguradas, mas admitiu que poderia levar à diminuição temporária da produção da refinaria de Sines e das exportações.

Segundo o responsável, a empresa tem vindo a trabalhar com o Governo para diversificar as fontes de matéria-prima.