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REPowerEU é "decisivo" para independência energética antes de 2030

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A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) congratulou-se hoje com as medidas propostas no plano REPowerEU, apresentado pela Comissão Europeia, e considerou-o "decisivo" para a independência energética antes de 2030 e para a descarbonização.

Em comunicado, a APREN "aplaude a estratégia REPowerEU", apresentada no dia 18 de maio pela Comissão Europeia, considerando que se trata de "um passo decisivo para acabar com a dependência energética do gás natural da Rússia antes de 2030 e, ao mesmo tempo, avançar na estratégia de descarbonização que a Europa, tal como o resto do mundo, terá que seguir".

O plano prevê uma aposta nas energias e gases renováveis, como o hidrogénio verde, enquanto forma de fazer face à crise energética espoletada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Acelerar a fundo o consumo de energias renováveis é a única forma de garantir independência energética e segurança de abastecimento, assegurando ao mesmo tempo que se coloca um travão nas alterações climáticas", realça o presidente executivo (CEO) da APREN, Pedro Amaral Jorge.

O REPowerEU implica um investimento adicional de 210 mil milhões de euros até 2027 para a União Europeia (UE) se tornar independente da energia russa e cumprir metas ambientais, propondo redirecionar 300 mil milhões em verbas comunitárias para o financiar.

A Comissão Europeia propõe aumentar de 40% para 45% a meta de consumo final de energia a partir de fontes renováveis, até 2030.

A APREN destaca que a nova estratégia "promete eliminar as barreiras que estavam a travar o avanço da expansão das centrais solares e eólicas, já que a nova lei consagrará o princípio de que a instalação de projetos renováveis, tais como centros eletroprodutores centralizados e distribuídos, eletrolisadores, sistemas de armazenamento de energia, bem como infraestrutura de rede elétrica, passem a ser projetos de interesse público".

Adicionalmente, a Comissão Europeia propõe "simplificar processos e encurtar prazos de licenciamento em áreas que venham a ser indicadas pelos Estados-membros como preferenciais para as renováveis", apontou a associação.

Para Pedro Amaral Jorge, as medidas propostas põem fim à dependência dos combustíveis fósseis russos, "usados como arma e que custam aos contribuintes europeus cerca de 100.000 milhões de euros por ano, contribuindo ao mesmo tempo para a causa climática".