A Guerra Mundo

Londres anuncia sanções contra quatro responsáveis militares bielorrussos

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O Reino Unido anunciou hoje sanções contra quatro altos funcionários militares e duas empresas da Bielorrússia devido ao apoio deste país à invasão russa da Ucrânia.

"O regime do (Presidente bielorrusso Alexander) Lukashenko está a ajudar e encoraja a invasão ilegal da Ucrânia e terá de sofrer as consequências económicas do seu apoio a (Presidente russo Vladimir) Putin", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, em comunicado.

As sanções, com efeito imediato, visam, em particular, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e ministro-adjunto da Defesa, Viktor Gulevich, e outros três altos funcionários militares.

Os quatro não estão autorizados a viajar para o Reino Unido e os seus bens no país estão congelados, segundo o comunicado divulgado no 'site' do governo britânico.

Duas companhias militares bielorrussas também são sancionadas.

"Estamos a infligir golpes económicos a Putin e aos que lhe são próximos. Não vamos parar até que a soberania e a integridade territorial da Ucrânia sejam restauradas", acrescentou Truss.

Londres já anunciou sanções a oligarcas próximas do Kremlin e a bancos russos, incluindo o gigante estatal Sberbank, e disse na segunda-feira que pretendia congelar "nos próximos dias" os ativos no seu território de todos os bancos russos.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

Putin disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.