Madeira

Filipe Sousa acusa PSD de "falta de ética e coerência política"

Autarca acusou o Governo Regional de "contratar para 'inglês ver'" e o PS de contratar com "base em promessas de almoços e jantaradas"

Filipe Sousa garante que actuou com "responsabilidade e respeitando integralmente o interesse público"
Filipe Sousa garante que actuou com "responsabilidade e respeitando integralmente o interesse público"

O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, mostrou-se esta quinta-feira, 29 de Dezembro, surpreso com a posição de Brício Araújo. Em causa, refere a autarquia em comunicado, está o facto de o vereador do PSD se ter "remetido ao silêncio no que diz respeito ao recente relatório do Tribunal de Contas sobre a contratação de serviços jurídicos".

A surpresa, indica, surge após Brício Araújo ter sido "o primeiro a vir a público com críticas sem fundamento e o habitual aproveitamento político", uma atitude que para Filipe Sousa "espelham bem a falta de ética e coerência políticas", na medida em que o vereador do PSD proferiu um conjunto de "declarações falaciosas, dando a ideia de que em Santa Cruz tudo é ilegal".

Se fosse um político responsável aproveitaria essa oportunidade e comparava as conclusões do Tribunal de Contas no que diz respeito a Santa Cruz, com a conclusão desse mesmo Tribunal, que considerou que foram cometidas ilegalidades no concurso do helicóptero, condenando o Sr. Secretário da Saúde Dr. Pedro Ramos. Filipe Sousa, presidente Câmara Municipal de Santa Cruz 

Filipe Sousa reiterou que, nas mesmas circunstâncias, não hesitaria em repetir o procedimento adoptado em 2014, de forma a "salvaguardar o interesse público e dar proveitos financeiros ao município em valores superiores a 4 milhões de euros".

Filipe Sousa disse ainda que, em matéria de contratação, tinha apenas quatro caminhos a seguir: "contratar à moda do PSD, isto é, por telefone e sem qualquer procedimento adjudicatório ou cabimento orçamental; contratar para 'inglês ver', isto é, fazer como o PSD fazia e que publicamente dizia que o empresário amigo tinha direito a indemnização em negociatas ainda não realizadas e depois contratava serviços jurídicos para favorecer claramente o infractor; contratar à moda do PS, isto é, com base em promessas de almoços e jantaradas; ou então contratar com responsabilidade e respeitando integralmente o interesse público e não o interesse partidário e as clientelas políticas".