Mundo

Aumenta para 20 o número de mortes nos protestos no Peru

None

O número de mortos nas manifestações no Peru após a destituição do ex-presidente Pedro Castillo subiu para 20 depois de as autoridades de Ayacucho atualizarem os números dos graves confrontos na quinta-feira no aeroporto da região.

No total, a região de Ayacucho registou oito mortes, que se somam ao balanço de seis mortes em Apurímac (centro), três em La Libertad, no noroeste do país, uma em Arequipa, uma em Huancavelica e outra em Junín.

A Direção Regional de Saúde da região peruana de Junín informou hoje que os confrontos no distrito de Pichanaqui provocaram um morto e cinco feridos, incluindo três civis e dois polícias.

Os peruanos saíram à rua em diversas partes do país para contestar a detenção do ex-Presidente Pedro Castillo, em 07 de dezembro, após este ter tentado dissolver o Parlamento, no que foi entendido como uma tentativa de golpe.

Nos últimos dias, os manifestantes pedem à nova Presidente do Peru, Dina Boluarte, a dissolução do Congresso e a convocação de novas eleições gerais.

O Governo peruano decretou o estado de emergência a nível nacional, por um período de 30 dias, em resposta aos protestos em apoio a Castillo.

Perante o clima de tumulto, as autoridades peruanas procuram agora apelar à população e às forças de segurança para tentarem evitar a repetição dos confrontos sangrentos dos últimos dias.

"Fazemos um apelo aos cidadãos e às Forças Armadas para que evitem novos confrontos e mantenham a calma, de forma a salvaguardar a saúde e a vida de toda a população", disseram hoje as autoridades sanitárias do Peru, pedindo aos manifestantes para deixarem circular as ambulâncias que socorrem as vítimas.

A Direção Nacional de Saúde de Ayacucho atualizou o balanço das vítimas dos confrontos na região entre manifestantes e membros da Polícia, subindo o número de mortos naquela região para oito, para além de pelo menos 52 feridos.

Depois de conhecer o novo balanço, o Provedor de Justiça peruano anunciou hoje que apresentou uma queixa em Huamanga, Ayacucho, para determinar se as forças de segurança peruanas usaram armas de fogo contra os manifestantes.

Antes de conhecer o novo número de vítimas em Ayacucho, Dina Boluarte expressou as suas condolências pela morte de sete pessoas nos confrontos ocorridos na quinta-feira no aeroporto deste departamento peruano.