Turismo País

Gigante de viagens da China ganha com abertura internacional e quer chegar a Portugal

Foto Ralf Liebhold/Shutterstock.com
Foto Ralf Liebhold/Shutterstock.com

Um diretor-geral do grupo trip.com, uma das maiores agências de viagens do mundo, apontou hoje que a empresa chinesa está a "beneficiar muito" com a recuperação global do turismo e quer expandir-se a Portugal.

"Como a trip.com já tinha começado a trabalhar com o mercado global há cinco anos, mesmo tendo [a covid-19] tido impacto no negócio e algum impacto no mercado doméstico na China (...) estamos a beneficiar muito em termos de recuperação global no estrangeiro, porque neste momento, em muitos países viaja-se livremente", disse Edison Chen, diretor geral de marketing de destino do trip.com durante uma conferência do grupo, a decorrer no território.

Devido à retoma global do setor, apontou Chen, o negócio da empresa de viagens "expandiu-se bastante rápido".

Edison Chen notou que "Portugal é definitivamente um dos mercados alvo" do grupo e destino para onde "se está a tentar expandir".

"Queremos fornecer serviços e produtos para servir a saída de turistas de Portugal e, claro, também queremos contactar Portugal e organizações turísticas para levarem mais turistas a Portugal", continuou.

Numa altura em que o mundo reabriu as fronteiras, a China mantém a política de 'zero covid', com confinamentos forçados e quarentenas obrigatórias.

Edison Chen defendeu a estratégia chinesa, apesar "do grande impacto que teve no turismo".

"Acredito que qualquer que seja a política, essa é a melhor solução tendo em vista o ambiente geral da China", disse.

Chen referiu ainda que, com o relaxamento das medidas antipandémicas, como a diminuição da quarentena, fixada agora em cinco dias, "há mais voos internacionais, em relação há dois anos, os voos estão mais cheios e os preços a tornar-se mais simpáticos".

No que diz respeito a Macau, que também segue a política de 'zero covid', o diretor geral do trip.com Group realçou que, nos últimos anos, a região administrativa tem mantido uma política anticovid "pouco estável", sendo "um destino muito pouco popular" entre a população chinesa.

"É uma boa política para garantir uma viagem segura", ressalvou.

E lembrou: "A partir de novembro deste ano, foi retomada a emissão de vistos eletrónicos no interior da China para visitar Macau e tem aumentado o número de voos internacionais do interior da China para Macau".

O trip.com Group, proprietário de empresas de viagens online como a Skyscanner, Trip.com, Qunar, Ctrip, realizou em Macau pelo segundo ano consecutivo uma conferência - Trip.com Group 2022 Global Partner Summit - com parceiros do setor, onde se debateu a recuperação do turismo à escala global.