Madeira

TAP não consegue "por agora" lançar voo directo entre Madeira e Venezuela

Christine Ourmières-Widener admite negociações mas alerta para o facto da frota estar no limite

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Companhia oficializou hoje terceiro voo semanal entre Lisboa e Caracas

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, garante que “por agora” não é possível satisfazer o desejo de quem ter uma ligação aérea directa entra a Madeira e a Venezuela.

Apesar de garantir o aumento de dois para três voos por semana entre Lisboa e Caracas no Verão de 2023, permitindo assim “uma melhoria da oferta para a comunidade portuguesa na Venezuela”, depois do almoço de Natal com os jornalistas nas instalações da Cateringpor, em Lisboa, confidenciou não haver disponibilidade de frota para dar resposta à pretensão insular.

Quando questionada pelo DIÁRIO se a TAP estava sensível aos pedidos da comunidade na Venezuela e à recomendação das autoridades regionais que gostavam de ter uma ligação directa entre Funchal e Caracas, Christine Ourmières-Widener admite que o assunto foi trabalhado tanto em Portugal, como na Venezuela, onde foi possível explicar que o aumento de frequências “é um primeiro passo muito positivo, mas não conseguimos, por agora, lançar uma nova frequência entre Caracas e Funchal”.

“Tivemos uma discussão com o Governo Regional da Madeira e também com o INAC [Instituto de Aeronáutica Civil], na Venezuela, e com uma série de 'players', incluindo o embaixador de Portugal onde houve, de facto, duas grandes prioridades. A primeira era que reforçássemos a frequência entre Caracas e Lisboa e, ao mesmo tempo, lançar um voo directo entre Caracas e Funchal. Em primeiro lugar, o que explicámos às autoridades é que este é um bom investimento, porque estamos a crescer e a aumentar a frequência de dois para três voos por semana entre Caracas e Lisboa, mas sublinhamos ao mesmo tempo que a nossa frota está no limite. É preciso lembrar que temos essa lacuna, por isso temos de investir com cautela em todos os novos destinos ou frequências adicionais. Primeiro decidimos, a partir do próximo Verão, em lançar três frequências entre Caracas e Lisboa, e depois estudar, a qualquer momento, se podemos ter mais rotas. Mas hoje é demasiado cedo”.

A incerteza relativamente ao próximo Verão não permite à TAP ir além do que já tem planeado com 98 aviões, “uma vez que todos serão muito requisitados no próximo Verão”.

A TAP anunciou hoje que vai aumentar fortemente a sua oferta de voos para as Américas no Verão de 2023, oferecendo no período de pico de operação (de Junho a Setembro) um total de 17 voos adicionais relativamente ao mesmo período de 2022 e repondo os níveis de oferta pré-pandemia.

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