Madeira

”Financiamento da educação deve ser a principal prioridade dos Governos”

Miguel Espada/ASPRESS
Miguel Espada/ASPRESS

Na sua intervenção no Congresso de Professores da Madeira, Manuela Mendonça apelou a um maior financiamento na educação, defendendo que o PIB nacional consagre 6% à educação.

“A escola precisa de soluções de fundo e não de medidas avulsas, e só um investimento continuado na educação pública é que vai permitir garantir as condições exigidas pelos docentes. E esse investimento deve ser na ordem dos 6% do PIB, na linha das recomendações internacionais e que estão muito longe do que está previsto na proposta do Orçamento de Estado para 2023”, afirmou.

Não obstante, Manuela Mendonça considera que o futuro da educação e o rejuvenescimento dos docentes são “temas prementes” para toda a nossa sociedade. “O Relatório Global sobre o Estatuto dos Professores de 2021 retrata esta como uma profissão sub-valorizada, mal remunerada e sobrecarregada de tarefas, constatando que a profissão de docente já não conseguir atrair novas gerações de educadores devido às condições de emprego e alertando que a contínua falta de professores põe em causa o direito de cada aluno ter uma educação de qualidade”, sublinhou.

Nesse sentido, a dirigente realçou que é crucial a urgência da entrada de novos quadros. “Que preço é que o País vai pagar quando não tiver quadros qualificados para garantir a qualidade da formação dos nossos jovens”, questionou.

“Dito de outra forma, que preço vai pagar a nossa democracia? Se este caminho não for travado a perda de qualidade científica e pedagógica da escola pública que, imensuravelmente decorrerá da falta de professores e representará um enorme retrocesso na educação tal como entendemos e está constitucionalmente consagrada”, referiu.

O 13.º Congresso dos Professores da Madeira, decorre no Hotel Savoy Palace. Sob o tema ‘Haverá futuro para a educação sem o Rejuvenescimento Docente?’, este evento conta com a presença de cerca de 300 delegados do SPM, bem como convidados dos outros sindicatos da FENPROF e USAM.