Madeira

Sindicato Independente dos Médicos - Madeira afirma nada ter “contra o cumprimento de horários”

Lídia Ferreira lembra que há direitos e deveres dos dois lados, que devem ser respeitados

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O Sindicato Independente dos Médicos nada tem contra a implementação de sistemas que assegurem o cumprimentos de horários. “Nada temos contra. Faz parte da disciplina do trabalho médico, o cumprimento do horário e, por conseguinte, é um dos direitos do empregador.” A garantia é da dirigente do SIM na Madeira.

Lídia Ferreira regia ao anúncio de que o SEARAM está a contratar um sistema de gestão de recursos humanos, que implica a reposição do controlo de assiduidade e pontualidade, com base num sistema electrónico.

Há oito anos que o SESARAM é instada a fazê-lo, mas nas vezes anteriores, em que o tentou, obteve insucesso, muito pela oposição manifestada pelos médicos, que o consideravam inadequado e contraproducente.

Lídia Ferriera lembra que as “entidades empregadoras e os funcionários têm direitos e deveres” e que cabe à entidade empregadora decidir como gere e implementa os seus direitos. “O sindicato nada tem a dizer em relação a isso, desde que os direitos dos médicos sejam devidamente cautelados” e o controlo, que vai ser implementado, “pelos vistos, não é só para os médicos. É para todos os profissionais do SESARAM”.

“Se a entidade empregadora entende que esta é a melhor forma de gerir e criar produtividade e uma cumplicidade profissional, entre empregador e empregado, é fantástico é bom.”

A entidade empregadora quer ter “os profissionais motivados, quer ter os profissionais produtivos. Sem produção que não chegamos ao lado nenhum. “

“O sindicato só interfere quando há o não cumprimento dos deveres de um lado e dos direitos de outro. Neste caso, dos direitos do médico e os deveres do empregador.”

Lídia Ferreira diz que “o Sindicato vai estar atento”.

Mas, desde já deixa um aviso. O SIM não vai contemporizar com forma “criativas”, como já aconteceu noutras paragens, de compensar horas extraordinárias. Horas ‘extras’ implicam “remuneração como hora extra, como é óbvio não é?”

Mas, o SIM pede mais. Além do devido pagamento, pretende melhores condições de trabalho. “É fundamental, nos deveres de entidade empregadora, criar uma melhoria das condições produtivas do trabalho, para que o cumprimento de um dos deveres do funcionário também possa ser conseguido: produtividade.”

Outro exemplo dos deveres, a serem cumpridos pelo SESARAM é o que “diz respeito às datas dos concursos para a progressão. por graus ou avaliação de desempenho.”

Em resumo, em relação à metodologia, que vai ser implementada e já vimos que o Tribunal de Contas assim o exige, é algo dentro da Lei e que está nos direitos da entidade empregadora fazê-lo da forma que achar mais correcto. O Sindicato nada tem a dizer. Lídia Ferreira - SIM - Madeira

“Tem é de haver sempre uma relação de respeito mútuo e de empenho, produtividade e profissional, em que esta dicotomia empregador / empregado têm um papel fundamental. O respeito mútuo significa que há valorização mútua, dentro dos direitos e deveres que cada um tem. O sindicato só entra quando os direitos dos médicos forem ou não forem acautelados. Fora isso, o Sindicato não tem nada a dizer.”