Madeira

Ireneu Barreto destaca "papel doméstico" das Forças Armadas

Foi nas cerimónias organizadas pelo núcleo do Funchal da Liga dos Combatentes que hoje tiveram lugar que o Representante da República relevou o papel central das Forças Armadas no sistema de protecção civil

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Ireneu Barreto destacou, esta manhã, nas cerimónias evocativas do 104.º Aniversário do Armistício da Grande Guerra, do 48.º Aniversário do fim da Guerra do Ultramar e do 99.º Aniversário da Liga dos Combatentes, organizadas pelo núcleo do Funchal desta última, destacou o que chamou de "papel doméstico" das Forças Armadas, referindo-se à vocação destas "para a resposta a problemas internos, designadamente em situações de emergência e calamidade".

Foi lembrando o contributo dado pelas diferentes forças militares no processo de vacinação contra a covid-19, que o Representante da República ficou o seu "papel central", também na Madeira, "no sistema de protecção civil", que embora sendo positiva, "não pode diminuir ou esquecer o seu papel central, a defesa nacional contra ameaças externas à nossa segurança e tranquilidade", salientou.

Perante as ameaças que condicionam o quotidiano europeu, com destaque para a guerra na Ucrânia, o juiz conselheiro fala da necessidade de uma "reflexão sobre o modo e o ser das nossas Forças Armadas", nomeadamente no que respeita à "profissionalização" e à "carreira" dos miliares. 

"No que toca ao primeiro, é fundamental que todos os três ramos das Forças Armadas sejam dotados de meios operacionais adequados face às exigências internas e externas", referiu Ireneu Barreto no seu discurso desta manhã, desejando que a carreira militar "tornasse a ser olhada como uma carreira apelativa".

Com referência aos antigos combatentes, o Representante da República pede que lhe seja dado justo reconhecimento, que "não pode ser algo apenas formal ou de circunstância", aludindo, por exemplo, ao Estatuto do Antigo Combatente, recentemente adaptado à Região, depois de ter sido aprovado na Assembleia da República em 2020.

Os apoios sociais consagrados nesse estatuto ou o direito de preferência na habitação social, bem como a isenção de taxas moderadoras e a gratuitidade no acesso aos transportes públicos foram aspectos evidenciados. Ainda assim, entende tratar-se apenas de um primeiro passo. 

"Trata-se de um primeiro passo; mas, e repito o que disse no ano passado, há ainda um longo caminho a percorrer para que, a todos aqueles que necessitem, lhes seja concedido o apoio na doença e nas condições de vida; eles tudo deram por nós e é tempo de lhes dizermos do nosso respeito e da nossa consideração", realçou Ireneu Barreto. 

Nesse sentido, manifestando o seu apoio aos antigos combatentes, disse não compreender, nem aceitar, que entre eles, os que possuem deficiência, não tenham recebido o apoio extraordinário de 125 euros e do complemento de 50% da reforma que o Governo introduziu para os pensionistas em geral, fazendo votos de que a situação seja rapidamente corrigida.