Madeira

"Há razões regionais que levam a que os professores façam esta greve"

A afirmação é do coordenador do Sindicato de Professores da Madeira, Francisco Oliveira

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Francisco Oliveira, coordenador do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), explicou que existe na Região razões que levam aos professores a participar na greve nacional, convocada para esta quarta-feira, 2 de Novembro.

A Região continua a ter um modelo de avaliação associada ao modelo de progressão que implica vagas e isso leva a penalizações. Temos um modelo de avaliação que é competitivo porque se restringe ao número de possibilidades de pessoas que podem ter 'Muito Bom' e 'Excelente' e isto, evidentemente, leva a que haja rivalidades, porque isto tem depois implicações também na progressão." Francisco Oliveira, coordenador do SPM.

À margem da apresentação do 13.º Congresso dos Professores da Madeira, Francisco Oliveira, realçou ainda que na região existe um "modelo de vinculação mais exigente do que aquele que acontecer nas outras regiões do país".

Além disto, explicou que há "uma série de outras situações" que "preocupam": "A questão da burocracia, o desgaste e o envelhecimento dos docentes que não têm uma resposta nacional porque a Assembleia da República teimosamente mantém os professores no regime geral da aposentação".

Não é legislar uma aposentação diferente, mas é acatar, por exemplo, sugestões que o SPM tem dado para minimizar os horários do primeiro ciclo pré-escolar, as reduções do 1.º ciclo pré-escolar, a possibilidade de a partir dos 60 anos haver alternativas aos professores mais desgastados, mais envelhecidos e mais doentes." Francisco Oliveira, coordenador do SPM.

Relativamente à adesão, ainda não se sabe a percentagem de docentes, mas o coordenador do SPM  refere que há "muita gente" a telefonar para o sindicato a perguntar "se na Madeira se aplica esta greve".