PS nunca terá maioria absoluta

António Costa não deve na última semana de campanha para as eleições Legislativas, “pedir o impossível”, nem achar que é imprescindível ao país.

Tal como Costa, nenhum mortal em parte alguma do país ou do mundo é imprescindível, é insubstituível. Todos passamos, estamos e acabamos por morrer. Uns tem muita visibilidade, outros nenhuma, mas ninguém fica, claro os dos invisíveis “não consta na História”, mas, não Chega.

Mesmo os ditadores que se acham marcos na imortalidade, acabam ou por cair, ou em última instância, morrer.

Tal como nas últimas eleições Presidenciais com Marcelo Rebelo de Sousa, Costa por ser Poder é alvo do ataque de todos, logo tem que ponderadamente isso assumir.

Marcelo foi um muito bom Presidente no primeiro mandato, mau seria se não fosse reeleito à primeira.

Costa não foi um muito bom primeiro-ministro, também não foi muito mau, foi primeiro-ministro, que consegui fazer uma maioria imprevisível e que durou enquanto os camaradas conseguiram tudo o que “exigiram”, e quando mais não era possível deixaram-no cair.

E não é bom Costa, é melhor que muitos mas não é um marco que seja indispensável ao país. Rui Rio será?, claro que não. Não fez obra que deixe resultados positivos em sítios por onde passou, mormente Câmara do Porto.

Mas conseguiu a fama e por certo o proveito de ser o “honesto”, o verdadeiro, o não político que está na política. Cavaco também se considerava não político apesar de ser exclusivamente político, mas era e é demasiado arrogante e convencido, e aí Rui Rio é melhor, mas longe de ser bom.

E como o futuro primeiro-ministro é Rui Rio ou é António Costa, este s acha que ainda pode ser PM, por já lá estar, mas tem que assumir, seja pela pandemia, seja por ter forçosamente que agradar a uns e outros, seja pelo que possa ser não deixa um marco em S. Bento.

Ou seja, não é tão desejado como o próprio, agora, já terá percebido que não é!

E pode cair. E já tem o PSD próximo, e seja quem possa ser entre os dois o futuro PM vai ter que fazer alianças.

E tal como na Alemanha um dos partidos, lá CDU ou SPD, cá PSD ou PS vai ter que fazer alianças a três, no mínimo. E se Costa não quer perder redondamente e sair já da política, e dedicar-se a outra coisa tem que deixar de pedir maiorias, tem que deixar de responder a quem o vai atacar em força esta semana, e tem que ir assumindo que não vai governar sozinho.

Mas isso não é problema, e deixar de atacar Rui Rio, e deixar que Rui Rio e todos os restantes o abalroem, sem responder, mas só propondo o que vai fazer. SE não perde para Rio.

A. Küttner