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PAN acusa Provedor do Animal de "abanar o rabo" mal foi-lhe oferecido um tacho

Na base desta troca de argumentos está o transporte de animais por via marítima.  Foto Helder Santos/Aspress
Na base desta troca de argumentos está o transporte de animais por via marítima.  Foto Helder Santos/Aspress

A Comissão Política Regional do PAN Madeira "já esperava uma reação do 'pseudo' provedor do Animal da Madeira", começa por referir uma nota enviada à comunicação social este sábado. "A sua linha de actuação é essa, reagir em lugar de agir. Quando o 'pseudo' provedor diz que o PAN Madeira não lhe fez qualquer queixa, a razão é simples. Como é que se pode dar crédito a um provedor que logo que o adversário que combatia, no caso o PSD Madeira, lhe acena com um 'tacho', ele 'abana o rabo', qual canídeo em frente ao osso carnudo, e junta-se-lhe de imediato?", questiona.

Provedor do Animal devolve críticas à representação do PAN na Madeira

"O que fazem, para que servem e onde andam?", questiona João Henriques de Freitas, na sequência propósito das declarações de Joaquim Sousa sobre a operação de transporte de animais vivos

E continua: "A verticalidade é condição essencial para estar na vida pública. O episódio que assistimos, com esta transferência, diz tudo quando à falta de sentido ético deste provedor. A verdade é que muitos animais continuam nas ruas e outros tantos continuam acorrentados em famílias que os mantêm em condições deploráveis."

O partido Pessoas, Animais, Natureza diz mais: "Quando recebemos queixas da população apresentamos o problema a instituições que agem muito mais rapidamente que o provedor do Animal, seja a GNR sejam os Bombeiros. Estas instituições vão para o terreno, ao contrário do 'pseudo' provedor que está atrás de um ecrã, e pelos vistos, à espera de uma denúncia do PAN", acusam.

Assim, defendem, "o PAN está ao lado das instituições que continuam a funcionar sobre pressão e com recursos limitados porque o que o governo regional soube fazer, foi criar um organismo que só serve para gastar dinheiro dos contribuintes". E acrescentam: "Dinheiro esse que devia ser dado como apoio às instituições sem fins lucrativos que estão no terreno, que todos os dias salvam a vida de animais, acumulam dívidas a veterinários e estão dependentes da bondade destas instituições privadas e dos madeirenses que vão enviando donativos."

Continuando a desfiar os problemas, o PAN refere que "estas instituições muitas vezes não têm alimentação para dar aos animais que acolhem, enquanto o provedor continua sentado na sua secretária a analisar números e relatórios que não se transmitem em utilidade pública". Além disso, garantem à população que este gabinete "custa a inenarrável quantia de mais de 200.000 euros anuais".

O PAN "é um partido político e não tem o dever de denunciar os problemas, mas sim promover a implantação de dispositivos legais que defendam os animais, coisa que tem feito desde a sua fundação, razão pela qual o panorama jurídico atual em relação à proteção jurídica dos animais é hoje uma realidade", confia.

E concluem: "Por nós acaba aqui, pois trata-se de uma personagem completamente descredibilizada publicamente. Custa até a crer como é que o PSD Madeira o presenteou com este 'tacho'. Para o PAN a proteção animal não é uma moda nem um 'tacho' é uma causa civilizacional."