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Uma semana depois do sismo, Haiti desespera para encontrar sobreviventes

FOTO ORLANDO BARRIA/EPA
FOTO ORLANDO BARRIA/EPA

O Haiti cumpriu uma semana desde que foi atingido por um forte sismo de magnitude 7.2 na escala de Richter, com cada vez menos hipóteses de encontrar sobreviventes entre os escombros, e o Governo a condenar os "saques".

As autoridades haitianas mantêm há vários dias o mesmo balanço de 2.189 mortos, 12.268 feridos e 332 desaparecidos, enquanto registam roubos a camiões de alimentos e ajuda humanitária e um aumento do desespero da população mais afetada. Várias organizações humanitárias e de países estrangeiros estão a enviar ajuda, mas esta ajuda está a chegar muito lentamente aos haitianos, segundo a agência Efe. Há relatos de pessoas a dormirem na rua e casos de assaltos violentos a veículos que transportam bens de primeira necessidade.

Segundo o último balanço, da Proteção Civil, o sismo de há uma semana destruiu 52.953 habitações e há 650 mil pessoas a precisarem de ajuda humanitária urgente. O Governo haitiano condenou no sábado "com veemência" estes saques, nomeadamente os que ocorreram nas zonas de Camp-Perrin, Duchity e Rivière Glace.

O tremor de terra, com epicentro a 125 quilómetros a oeste da capital, Port-au-Prince, destruiu cidades e provocou deslizamentos de terras, que dificultaram a prestação de auxílios no país mais pobre do hemisfério Ocidental.

O Haiti já se confrontava com a pandemia de covid-19, a violência de gangues, a pobreza crescente e a incerteza política subsequente ao assassínio, em 07 de julho, do Presidente Jovenel Moïsem, quando o abalo enviou os residentes para as ruas. O sismo também destruiu ou causou estragos sérios em hospitais, escolas, instalações de empresas e igrejas.