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Cimeira para a Democracia promovida por Biden começa hoje com mais de 100 países

Foto EPA/Oliver Contreras
Foto EPA/Oliver Contreras

Líderes e organizações de mais de 100 países e territórios, incluindo Portugal, participam a partir de hoje na Cimeira para a Democracia, iniciativa em formato virtual promovida pela administração norte-americana liderada por Joe Biden.

Com a organização deste encontro, o Presidente norte-americano cumpre uma promessa eleitoral: trazer os Estados Unidos de regresso aos palcos mundiais para liderar um grupo de democracias empenhadas em fazer frente às ambições expansionistas dos países autocráticos, em particular a China.

Na cimeira virtual - organizada até sexta-feira a partir de Washington - o Presidente norte-americano vai reunir chefes de Estado e de Governo e líderes de organizações, mas também representantes do setor privado e de organizações civis, num esforço global para defender as democracias contra o autoritarismo, a corrupção e os ataques sistemáticos aos direitos humanos.

Todos os membros da União Europeia (UE) irão participar na cimeira, exceto a Hungria, que não foi convidada.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente na cimeira, como representante do bloco europeu.

Sem surpresas, os principais rivais de Washington, em particular a China, Rússia ou o Irão, não figuram na lista de participantes.

Turquia (aliado dos Estados Unidos na NATO), Cuba, Guatemala, Venezuela e os parceiros árabes tradicionais dos americanos (Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Qatar ou os Emirados Árabes Unidos) constam igualmente na lista de países que ficaram de fora.

A nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) participam Angola, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e Moçambique não foram convidados.

Por outro lado, Biden convidou Taiwan, ilha autónoma que os Estados Unidos não reconhecem como um país independente, mas que encaram como um modelo democrático face à China.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e já chegou a ameaçar a reunificação pela força.

Os críticos da Cimeira para a Democracia questionam a eficácia do encontro e perguntam o que poderá ser atingido em apenas dois dias de uma reunião em formato virtual, além de denunciarem o teor abstrato dos objetivos colocados.